Investing.com - Após subir a um pico de US$ 1.0295 na segunda-feira, o {euro} registrou um declínio acentuado ontem, caindo para uma mínima de US$ 1.0150 ontem a tarde, baixando 145 pips em 24 horas.
Lembrar que diante de um calendário econômico leve na terça-feira, a atenção do mercado estava voltada para o risco geopolítico associado à visita da presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, a Taiwan.
Pequim se opôs fortemente à visita, dado que Pelosi é o mais alto funcionário americano a visitar a ilha em 25 anos. Autoridades norte-americanas alertaram que a China poderia responder à visita com ação militar.
Notícias sugeriram que Pequim mobilizou caças e navios de combate para contornar a linha de separação do Estreito de Taiwan. O país pode tomar outras medidas quando Pelosi se encontrar com o presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
A visita de Pelosi corre o risco de azedar as relações sino-americanas e aumentar as tensões políticas na Ásia. A maioria das bolsas em todo o mundo registrou perdas acentuadas na terça-feira, refletindo a aversão ao risco que beneficiou o dólar porto-seguro.
Mas o sentimento parece ter melhorado ligeiramente na quarta-feira, permitindo que o euro voltasse próximo a US$ 1,02 no momento da redação.
Como para eventos importantes hoje, além de notícias geopolíticas, o lançamento do índice de serviços ISM dos EUA às 11h00.
No entanto, teremos de esperar até sexta-feira pela estatística mais importante da semana para o euro, com o relatório de folha de pagamentos não-agrícolas (payroll) sobre criação de empregos nos EUA para julho.
De uma perspectiva gráfica, deve-se notar que os recentes desenvolvimentos no euro não tiveram um impacto significativo no cenário, com o par ainda na faixa de 1.01-1.0275/1.03.
A curto prazo, a mínima de ontem em US$ 1,0150 será o primeiro suporte potencial para a moeda europeia antes do piso da faixa em 1,01. Na parte superior, 1,02 poderia oferecer resistência, antes de 1,0250, depois a alta da faixa em 1,0275/1,03.