Investing.com - O euro voltou a cair ontem contra o dólar, ampliando a correção iniciada em 29 de novembro, quando atingiu o maior nível em mais de três meses, a 1,1018.
O par de moedas registrou uma mínima de 1,0777 na quarta-feira, 6, e segue próxima a esse patamar.
Apesar dos índices PMI de serviços europeus divulgados ontem de manhã terem superado as expectativas, e do relatório JOLTS sobre vagas de emprego nos Estados Unidos ter ficado abaixo do previsto, a moeda única não conseguiu se recuperar.
Isso se deve ao fato de que o mercado ainda precifica uma probabilidade de mais de 60% de que o Federal Reserve reduza suas taxas antes do fim do primeiro trimestre de 2024, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com.
Esses fatores positivos para o euro foram ofuscados pela opinião dos analistas do Crédit Agricole, que publicaram uma nota ontem. Eles avaliaram que a recente alta do euro foi precoce e projetam uma volta à faixa de 1,05 frente à moeda americana até o último trimestre de 2024.
Eles também ressaltaram que, historicamente, os receios de recessão nos EUA têm pesado mais sobre o euro do que sobre o dólar. Nesse cenário, o Crédit Agricole recomenda aproveitar as altas do EUR/USD acima de 1,10 para vender.
Quanto aos eventos que podem impactar o par nesta quinta-feira, o destaque fica por conta do relatório da ADP (EPA:ADP) sobre a criação de empregos nos EUA em novembro e a produtividade trimestral, ambas as estatísticas previstas para as 14h30.
Amanhã, uma nova estimativa do PIB do terceiro trimestre da zona do euro será o foco de atenção, antes do relatório de criação de empregos urbanos (non-farm payroll) de sexta-feira.
Análise técnica do euro
Do ponto de vista gráfico, nota-se que o EUR/USD rompeu na terça-feira o suporte de 1,0830, e ficou abaixo da média móvel de 200 dias (1,0820), assim como abaixo do nível psicológico de 1,08.
No entanto, a média móvel de 100 dias, atualmente em 1,0769, parece ter contido a queda por enquanto, e deve ser vista como um suporte imediato. Em caso de rompimento, os níveis de 1,07 e 1,0650 serão os próximos suportes potenciais.
Em caso de recuperação, a média móvel de 200 dias e o nível de 1,0830 formarão uma primeira zona de resistência, antes de 1,09, e depois a faixa de 1,10-1,1020.