Investing.com – O euro atingiu mínimos não vistos desde 2002 ontem, chegando ao piso de 0,9864, e permanece nesse patamar desde então, já que os investidores continuam monitorando ansiosamente os desenvolvimentos na crise do gás na Europa e ansiosos para a reunião do Banco Central Europeu (BCE) de desta quinta-feira.
Vale lembrar que a crise energética europeia, agravada pelo anúncio do fechamento indefinido do gasoduto NordStream1, tem sido o principal fator de baixa para a moeda europeia desde o início da semana.
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Mas as atenções também se voltam para a reunião do BCE de amanhã, para a qual as expectativas do mercado apontam para uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros, o que poderia apoiar o euro.
Mas, enquanto isso, o perfil do par EUR/USD permanece amplamente degradado, e mais perdas são mais prováveis do que uma recuperação sustentável neste estágio.
Além disso, cada vez mais bancos preveem uma clara queda acentuada do Euro em relação ao Dólar.
O Goldman Sachs (NYSE:GS), por exemplo, anunciou terça-feira que espera uma queda para 0,97 do euro nos próximos 3 meses, por um lado devido à resiliência da economia dos EUA e, por outro, o fato de a Europa estar enfrentando um choque de oferta.
Por sua vez, o Credit Suisse (SIX:CSGN) observou que "o euro começou a semana com uma tentativa concertada de remover o suporte principal na retração de 78,6% da tendência de alta de 2000/2008 em 0,9900, à medida que as pressões de fornecimento de energia na Europa se deterioram ainda mais".
Ela assim confirmou sua opinião claramente pessimista sobre o par nos próximos meses:
"Mantemos nossa perspectiva de baixa e esperamos uma quebra sustentável no devido tempo, com suporte em 0,9862, à frente de 0,9729/25 e, em seguida, na extremidade inferior do canal de queda de fevereiro em 0,9658."
Por fim, Jordan Rochester, do banco Nomura, também falou terça-feira para compartilhar uma previsão particularmente preocupante de uma possível queda do EUR/USD para 0,9000 até o final do ano, apontando, como a maioria dos analistas, o papel principal da crise energética.