Investing.com - O euro pedia força contra o dólar nesta quarta-feira, 22, após atingir o maior nível em mais de três meses a 1,0966, e voltou a testar a faixa de 1,09 à noite, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, que se mostrou mais favorável ao aperto monetário do que o esperado, o que acabou contribuindo para a valorização da moeda americana.
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Segundo o documento, os dirigentes do Fed sinalizaram que podem elevar as taxas de juros novamente, caso os dados indiquem que a inflação não esteja convergindo para a meta de 2% do banco central.
“Os participantes observaram que um ajuste adicional da política monetária seria apropriado, se as informações indicassem que os progressos em direção à meta de inflação fossem insuficientes”, diz o texto.
Além disso, a ata ressalta que a inflação “permaneceu bem acima” da meta do Fed, o que deverá exigir que o banco central “mantenha uma postura restritiva por algum tempo”, até que a inflação se estabilize “de forma sustentável”.
Após essas declarações, houve um leve aumento nas expectativas de juros nos EUA. De fato, o Monitor de Juros do Fed, fornecido pelo Investing.com, mostra uma probabilidade de 5% de que o banco central americano eleve suas taxas no próximo mês, contra 0% na véspera, o que justifica a valorização do dólar frente ao euro.
No entanto, a queda do par cambial foi contida, em parte porque a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, também adotou um tom cauteloso em um discurso.
Ela alertou que “não é hora de comemorar” a inflação, explicando que o banco central deve permanecer focado no retorno da inflação ao objetivo e não se precipitar com base em desenvolvimentos de curto prazo.
Quanto aos eventos que podem influenciar o EUR/USD nesta quarta, os operadores estarão atentos aos pedidos de bens duráveis e aos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, bem como ao índice de confiança do consumidor, da Universidade de Michigan.
Níveis técnicos a serem observados no EUR/USD
Do ponto de vista técnico, a retração do par de moedas na quarta não é suficiente para invalidar a tendência de alta subjacente.
No entanto, um rompimento abaixo do suporte imediato de 1,.09 seria um sinal baixista, que poderia antecipar um retorno ao suporte de 1,0830, ou mesmo 1,08, onde atualmente se encontra a média móvel de 200 dias.
Em alta, o topo de ontem a 1,0966 é o primeiro obstáculo provável, após o qual o par cambial deverá rapidamente se encaminhar para o nível-chave de 1,10.