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Gênios do Mercado levam experiência e conhecimento para BH

Publicado 03.10.2019, 19:15
Atualizado 03.10.2019, 19:16
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Investing.com - A segunda edição do evento “Gênios do Mercado” reuniu, no último sábado, 28, no Ibmec em Belo Horizonte, grandes nomes do mercado financeiro. Um público diversificado de estudantes de graduação, pós-graduandos e profissionais de áreas diversas teve a oportunidade de ouvir experiências e trocar conhecimento com quem ajudou a construir o mercado financeiro no Brasil e daqueles que hoje são protagonistas na modernização e automação das operações na área. O evento recebeu apoio do Investing.com Brasil.

Promovido pela Day Trader School e pelo Ibmec, o evento teve como principal objetivo levar histórias e conselhos de experiência aos participantes, ajudando-os a se prepararem para iniciar ou ampliar sua atuação com um conhecimento real de como o mercado financeiro funciona, quais são suas demandas e seus riscos. É o que explica o trader e fundador da Day Trader School, Marco Antônio Prado (Kim). “Essa segunda edição foi um convite do Ibmec. Fizemos a primeira em São Paulo e realmente marcou bastante. Para gente foi um desafio porque a proposta era justamente mostrar pessoas que ajudaram a construir boa parte do mercado financeiro e tem uma rara experiência nesse segmento, que é tão carente de bons profissionais. Nossa proposta é fazer uma análise de que realmente é possível conquistar as coisas através do mercado financeiro, mas que não se pode se iludir com ele. Então, viemos na contramão do que as pessoas vêm falando, de que é dinheiro fácil e não é”, defendeu.

Todos os palestrantes que passaram pelo palco reafirmaram a necessidade de buscar conhecimento antes de iniciar as operações. Não por acaso, o evento ocorreu no auditório de uma das instituições mais reconhecidas do país na formação de profissionais para o mercado de capitais. Para o coordenador dos Programas Global MBA do Ibmec, Professor Frank Magalhães, incentivar e sediar eventos como o “Gênios do Mercado” é natural para a instituição, que desde a década de 70 forma profissionais para este segmento. “Fundamentalmente o Ibmec nasceu para fomentar o mercado de capitais brasileiro. Somos um ambiente de compartilhamento de informação, de formação para outras áreas, mas, sobretudo, para esta que faz parte do nosso DNA. Então, para nós, é um prazer, uma honra e está completamente alinhado com nossos valores e com aquilo que acreditamos”, afirmou.

Apesar das diferentes trajetórias, motivações e objetivos pessoais, os participantes do evento tinham em comum o desejo de aproveitar a oportunidade de ouvir os profissionais mais experientes e adquirir conhecimento para conduzirem seus próprios projetos. Como Gabriel Aguiar, 19, aluno de economia do Ibmec que, apesar de muito jovem, já faz algumas operações e deseja expandi-las. “É um evento muito interessante, com pessoas que estão há mais tempo no mercado. É um privilégio aprender com elas. O conteúdo foi muito bom, acrescentou bastante. Eu já opero no mercado financeiro, faço swing trade behind holder e eu queria conhecer mais uma modalidade de day trade que será apresentada aqui”, afirmou.

Os motivos de Libéria Vasconcelos Soares, aluna do MBA Finanças da instituição, é também fazer uma expansão, primeiro na carreira e depois, quem sabe, nas modalidades de investimento. Atualmente ela aplica apenas em renda fixa. “A razão pela qual estou aqui é porque gosto dessa área e estou tentando migrar para a área de investimentos. Sou contadora, trabalho em previdência privada e tenho muita afinidade com esses assuntos. A expectativa é aprender mais sobre esse mercado de ações com esses gênios do mercado”, diz.

O advogado Ringlêy Rodrigues dos Santos, 33, é novato nas aplicações. Começou a operar há cerca de dois meses e veio atrás de dicas que apenas a experiência pode fornecer. Ele conta que não sentiu dificuldades técnicas para fazer as primeiras transações, mas sabe que isso não é suficiente para ter sucesso nas operações. “Acredito que o conhecimento é o principal ponto de partida. Não dá para fazer nada se não tiver um conhecimento prévio. Eu espero que a gente tenha bastante aprendizado para agregar mais. É o que buscamos: um conhecimento mais substancial para operar cada vez melhor. Então, para mim, o mais importante, e que é o mais difícil, é como identificar uma boa oportunidade e fazer bons negócios”, analisa.

Ampliar os conhecimentos para intensificar as operações e fazer negócios melhores também é o objetivo da gerente e consultora financeira, Natalícia Monteiro. “O meu objetivo aqui é buscar conhecimento, interação com as pessoas. Estou gostando bastante das palestras, acho que é só agregar. Já faço algumas operações, poucas ainda, mais de âmbito particular, mas estou iniciando um curso e minha intenção é começar a operar um pouco mais. Minha intenção não é virar uma trader, mas operar um pouco mais intensivamente”, contou.

Toda a renda arrecadada com a venda de ingressos para o evento foi destinada à Fundação Sara Albuquerque, que oferece acolhimento às crianças e adolescentes que estão em tratamento contra o câncer e precisam ficar muito tempo longe de casa. Desde sua fundação, há 21 anos, a instituição já atendeu 1.100 crianças, 90% delas oriundas de famílias de baixa renda. A casa de apoio oferece estadia, transporte, alimentação e atendimento multidisciplinar com pedagogas, nutricionistas e outras profissionais, para aliviar a carga emocional dos pais e de seus filhos durante o tratamento. São atendidos pacientes de Minas Gerais e também de outros estados.

Desirée Mourão, gerente da unidade de Belo Horizonte da Fundação Sara Albuquerque, fala sobre a importância de apoios como este para o funcionamento das atividades da instituição. “Na verdade, faz toda a diferença, porque a gente sobrevive da solidariedade, seja de pessoas físicas ou jurídicas. Olha o apoio que esse evento está trazendo para nós e partiu deles, foi iniciativa deles. Eles nos procuraram e achei uma iniciativa fantástica. Todos podem ajudar de alguma forma”, afirmou.

A Fundação Sara Albuquerque tem duas unidades em funcionamento, uma em Belo Horizonte e outra em Montes Claros, ambas em Minas Gerais. Para quem quiser conhecer mais sobre a instituição e contribuir, as informações podem ser acessadas no site.

Dos quadros a giz à automação das operações

Quem passou pelo “Gênios do Mercado”, encontrou muita história, conheceu as intensas mudanças tecnológicas que marcaram a trajetória da bolsa de valores no Brasil e pôde compreender como os robôs e a inteligência artificial estão impactando as operações no presente.A reconstrução do passado, com todos os seus ensinamentos, ficou a cargo de José Carlos Branco, ex-diretor e um dos fundadores da BM&F. Em sua palestra, Branco falou de como funcionava o mercado, da gritaria no pregão, das anotações dos negócios fechados em um quadro similar ao escolar e em boletas de papel, do uso do telefone para narrar as transações que deixavam a orelha esfolada e com bandagens, até as primeiras máquinas do pregão eletrônico.O veterano do mercado financeiro contou ainda como as instabilidades financeiras e altas taxas da inflação nas décadas de 80 e 90 exigiam conhecimentos específicos dos operadores brasileiros. A forma de operar na BM&F era pouco compreendida e contestada pelos estrangeiros da Bolsa de Chicago, que se aproximaram do mercado nacional. O aprendizado dos americanos se deu após grandes perdas.“O nosso mercado é muito pequeno. Tivemos várias fases e isso foi importantíssimo, aprendemos muito. O brasileiro é o único que sabe operar a HP12C, o resto do mundo não sabe. Tivemos período em que a inflação bateu 86% ao mês. Lá fora é assim, você é corretor, você é corretora, você comprou dez e perdeu 10, para a bolsa o seu risco é zero e não é bem assim. E eles achavam que a gente dispendia muito tempo e grana para fazer o processo de garantia e olhar para o cliente, inclusive. Aí veio o supreme e eles descobriram porque a gente fazia. A clearing da BM&F associada ao SPB (Sistema de Pagamento Brasileiro) é perfeito”, ensinou Branco.O último pregão viva-voz da BM&F ocorreu em 30 de junho de 2009. Desde então, muito já mudou em tecnologia nas operações. A novidade crescente é o uso de robôs para dar mais agilidade e eficiência às transações. O investimento automatizado é aquele em que as operações são feitas 100% por programas de computador, sem a intervenção humana. Segundo Leonardo Conegundes, sócio-fundador da Smarttbot, o uso dessa tecnologia hoje é responsável por 80% de todo o volume negociado ao redor do mundo.A automação é uma tecnologia adotada inicialmente por grandes bancos e fundos de investimento. Agora é usada também por pessoas físicas, sendo uma tendência crescente. Para os mais conservadores, a novidade pode assustar, mas Conegundes é contundente ao explicar as vantagens e limitações do uso dos robôs para operar na bolsa. “Um primeiro ponto que tem que olhar é a liquidez que isso provê no mercado. Então, uma vez que existem robôs operando, e eles estão fazendo isso o tempo inteiro enquanto o mercado está aberto, existe alguém para aproveitar alguma oportunidade. E a automatização, essa maneira mais, digamos, inteligente e eficiente de executar as ordens, permite que o investidor tenha mais controle e possibilidades para fazer muitas operações ao mesmo tempo, diversificando”, explica.Outra vantagem do sistema apontada por Conegundes é a redução das perdas e mudanças estratégicas influenciadas pelo fator emocional do operador. “Quando olhamos para humanos operando, pensamos o tempo inteiro. Por exemplo, comecei a fazer um investimento numa ação para longo prazo. Se essa ação começa a cair muito, desvalorizar, o nosso inconsciente acaba muitas vezes nos fazendo desacreditar naquela crença inicial e, por exemplo, vender a ação antes da hora. Se planeja de uma forma e se acaba executando de outra porque a emoção está entrando no jogo. E o robô não. Uma vez que você definiu a regra que ele tem que seguir, ele vai seguir 100% aquela regra”, defende.Apesar de mais eficiente, Conegundes reforça que os robôs apenas executam o que foi determinado. Assim, ainda que se tenha uma máquina ajudando a ampliar as operações, é a inteligência, conhecimento e expertise do operador que determinará as escolhas por bons ou maus negócios. “O investidor que está começando ou o trader que está começando, tem que realmente estudar muito. Não adianta achar que o robô vem como se fosse uma maquininha de dinheiro. Não. Quem acredita nisso está indo pelo lado errado, porque, na prática, o que o robô está fazendo é executando alguma inteligência por trás. E essa inteligência é construída pelo próprio investidor”, alerta.

Estudo, conhecimento e paciência

O tripé apresentado por todos os palestrantes do evento “Gênios do Mercado” é composto por habilidades que demandam tempo e dedicação: estudar, conhecer e ter paciência. O principal alerta é ter cuidado com discursos que pregam um caminho fácil para o sucesso no mercado financeiro.

O scalper, Antônio Formiga, frisou bem essa dimensão entre expectativa e realidade ao contar porque aceitou o convite de compartilhar sua trajetória pessoal. “Eu vi muita gente enganando, muita gente incauta. E isso me fez pensar: vou contar minha história para as pessoas entenderem que isso aqui não é diferente de outra profissão. Demanda, você sofre, você demora, você constrói. É uma construção, não é uma coisa que vem da noite para o dia. Você não vai chegar de hoje para amanhã e virar um trader, ganhar dinheiro e ficar milionário. Isso é uma ilusão. É um trabalho como outro qualquer, você tem que se construir. Todo mundo dá certo? É óbvio que dá! Mas depende do que você tem de dedicação, de determinação. E esses são os meus pontos. Você tem que construir e se construir. Você tem que aprender e entender tudo, como outra profissão qualquer. Isso é uma profissão, não é uma loteria. Você primeiro tem que aprender para depois fazer”, enfatizou.

Começar pequeno, compreender o mercado em que se deseja atuar e buscar uma boa consultoria para os momentos de emergência é o conselho da gerente de relacionamento da corretora Nova Futura Investimentos, Priscila Pinheiro. “Você faz o processo de abertura de conta, escolhe por onde quer começar, qual é o produto que quer começar e estuda antes de iniciar. Não é só uma aula online. Requer estudo, aprimorar conhecimento, avaliar profissionais já com experiência no mercado. E o primeiro passo é começar pequeno, ganhar experiência e ir aumentando o risco, sempre ciente do risco que envolve cada produto. Então, é de acordo com o meu perfil que eu escolho o produto. É avaliar produto, experiência, urgência, sonhos e sempre estar estudando”, orienta.

Kim, da Day Trader School, é enfático ao dizer o que um novo investidor precisa fazer antes de se aventurar na bolsa de valores. “A primeira coisa para o cara entrar no mercado financeiro é conhecer a estrutura que ele está operando. É preciso ter um norte, você não precisa ser um contador, mas você pelo menos tem que saber as premissas. Se você vai para o mercado de dólar futuro, o que faz o dólar subir ou cair? Então, é dar um passo, dois para trás antes de se colocar o dinheiro físico. Resumindo, é o seguinte: aproveita tudo isso que você tem a seu favor, todos esses recursos, antes de colocar o dinheiro valendo, porque uma vez que você colocou o dinheiro valendo, é um passo sem volta”, finaliza.

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