Investing.com - Com muitos analistas cada vez mais preocupados com a perda do status de moeda de reserva global do dólar, o Goldman Sachs (NYSE:GS) disse na última terça que não acreditaria na desdolarização, acreditando que o dólar permanecerá dominante no cenário mundial por muito tempo.
Embora GS admita que é um risco claro se os Estados Unidos abusarem de seus "privilégios exorbitantes", o banco acredita que a desdolarização é "muita conversa (novamente), não muitas ações".
"Não vemos nenhuma evidência disso nos dados até agora (por exemplo, até mesmo a crescente participação de reserva do CNY no Brasil substituiu o CAD, não o dólar), e estamos confiantes de que atualmente não há nenhum concorrente real", disse o Goldman disse Sachs.
O banco explicou que "algumas das quedas na participação do dólar provavelmente podem ser atribuídas às forças estáveis do mercado, já que os títulos do Tesouro caíram e os bancos centrais asiáticos venderam suas participações em dólares para conter a alta do dólar no ano passado".
Os analistas do Goldman Sachs também observaram que "além disso, as sanções contra a Rússia, os planos do Brasil de implementar acordos de compensação do yuan, a especulação sobre o uso do yuan no comércio de commodities, bem como a crise bancária e a crise do teto da dívida nos Estados Unidos não são suficiente para suplantar o papel do dólar nas reservas mundiais ou no comércio".
Com efeito, consideram que "outras moedas ainda têm de superar muitos obstáculos para alcançar o mesmo estatuto do dólar", dada "a profundidade do mercado de capitais, o estabelecimento de confiança para o acesso e o enquadramento legal, da faturação comercial e da gestão cambial sistemas".