O iene japonês e o franco suíço atingiram máximas de vários meses em relação ao dólar na sexta-feira, à medida que aumentavam as preocupações com uma possível desaceleração econômica dos EUA. Essa ansiedade foi desencadeada por uma queda inesperada na manufatura dos EUA, que levou a quedas nas ações e nos rendimentos dos títulos.
O iene teve um aumento de 0,2%, para 149,085 por dólar, tendo atingido um pico de 148,51 na noite anterior, marcando sua posição mais forte desde meados de março. O franco suíço também subiu, atingindo seu nível mais alto desde o início de fevereiro, em 0,8726 por dólar.
Ambas as moedas conseguiram superar o dólar, que normalmente atrai fluxos de refúgio, mesmo quando a causa da preocupação do mercado se origina dos próprios EUA.
O dólar australiano, sensível ao risco, caiu 0,14%, para US$ 0,6493 na sexta-feira, após uma queda de 0,52% na última sessão. Isso se seguiu a uma liquidação significativa em Wall Street na quinta-feira, que teve um efeito indireto nos mercados asiáticos. O índice Nikkei do Japão caiu mais de 4% e o índice Kospi da Coreia do Sul caiu 2,5%.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA de 10 anos sofreram uma queda acentuada, caindo até 14 pontos-base para 3,965%, caindo abaixo da marca de 4% pela primeira vez em seis meses.
O analista de mercado da IG comentou sobre a reação do mercado, afirmando: "Não havia onde se esconder da noite para o dia, pois os dados econômicos sombrios alimentaram os temores de pouso forçado". Ele também observou que as perspectivas econômicas dos EUA seriam testadas ainda mais com a divulgação dos números mensais da folha de pagamento ainda nesta sexta-feira. Um relatório fraco pode amplificar as preocupações sobre uma grave desaceleração econômica e potencialmente levar a um aumento nos pedidos de um corte significativo na taxa de juros em setembro.
Em resposta aos dados de manufatura, os traders ajustaram suas expectativas para o próximo movimento do Federal Reserve. A probabilidade de um corte de 50 pontos-base na reunião de 18 de setembro aumentou para 27,5%, ante 12% apenas um dia antes, conforme indicado pela ferramenta FedWatch do CME Group.
A libra esterlina também enfrentou um declínio, caindo 0,09%, para US$ 1,2723, atingindo seu ponto mais baixo desde 3 de julho. Isso ocorreu depois que o Banco da Inglaterra, liderado pelo governador Andrew Bailey, tomou uma decisão equilibrada de cortar as taxas de juros em um quarto de ponto para 5%, indicando uma abordagem cautelosa no futuro.
Enquanto isso, o euro caiu 0,07%, para US$ 1,07845, tendo atingido uma baixa de três semanas de US$ 1,07775 na noite anterior. O formulador de políticas do BCE, Yannis Stournaras, discutiu o risco de uma economia lenta da zona do euro potencialmente empurrar a inflação abaixo da meta de 2%, reiterando as expectativas de dois cortes de juros este ano.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.