Investing.com – O dólar norte-americano subiu em relação ao iene e ao euro na sexta-feira, após dados terem mostrado que a economia norte-americana expandiu modestamente no último trimestre de 2014, apoiando as expectativas de aumentos na taxa de juros.
O Departamento do Comércio dos EUA informou que o produto interno bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2,2% no último trimestre de 2014, em baixa frente a uma estimativa inicial de 2,6%, mas acima das expectativas de um crescimento de 2,1%.
Outros relatórios mostraram que as vendas pendentes de imóveis residenciais nos EUA atingiram uma alta de um ano e meio em janeiro e o sentimento do consumidor também permaneceu forte.
A leitura de fevereiro do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan foi revisada para uma alta de 95,4 em relação à leitura preliminar de 93,6. Embora essa leitura tenha ficado abaixo da leitura final de 98,1 feita para o mês anterior, ainda marcou o segundo nível mais rápido desde janeiro de 2007.
USD/JPY subiu 0,13%, para 119,56 no final do pregão, ao passo que EUR/USD ficou estável em 1,1194, perto de baixas de um mês, saindo das altas anteriores de 1,1244.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, encerrou o dia quase inalterado em 95,29, não muito distante de 95,43, uma alta de um mês atingida na quinta-feira.
O dólar norte-americano recuperou-se na quinta-feira após dados mais fortes do que o esperado sobre os pedidos de bens duráveis nos EUA terem somado-se às indicações de que a recuperação econômica está nos trilhos.
No início da semana, a presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, disse que se a economia continuar melhorando, como o Fed espera, o banco modificará sua abordagem, mas enfatizou que uma modificação em suas declarações pode não ser vista como indicando que um aumento na taxa aconteceria automaticamente dentro de algumas reuniões.
Em outras moedas, a libra esterlina atingiu novas altas de sete anos em relação ao euro na sexta-feira e ficou mais forte em relação ao dólar norte-americano.
EUR/GBP caiu 0,30%, para 0,7247 no final do pregão, ao passo que GBP/USD avançou 0,21%, para 1,5437, ainda abaixo da alta de 1,5551 atingida na sessão anterior.
EUR/JPY subiu 0,15%, para 133,9, recuperando-se de 133,43, uma baixa de um mês atingida mais cedo.
Nesta semana, o relatório de emprego dos EUA, programado para sexta-feira, será atentamente observado, ao passo que os bancos centrais na Austrália, Canadá, Reino Unido e zona do euro devem realizar reuniões de política monetária.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 2 de março
A Austrália deve divulgar um relatório sobre os lucros operacionais corporativos.
A China deve publicar a leitura revista do índice HSBC de manufatura.
O Reino Unido deve publicar dados do setor privado sobre a inflação aos preços de imóveis residenciais, bem como um relatório atentamente observado sobre a atividade manufatureira.
A zona do euro deve produzir dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor e um relatório sobre o desemprego.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Abascimento (ISM) deve divulgar dados sobre a atividade não manufatureira no país.
Terça-feira, 3 de março
O Banco da Reserva da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A Austrália também deve publicar dados sobre os alvarás de construção e transações correntes.
Na zona do euro, a Espanha deve produzir um relatório sobre a mudança na quantidade de pessoas empregadas.
O Reino Unido deve publicar os resultados de um levantamento sobre a atividade do setor de construção.
Ainda na terça-feira, o Canadá deve publicar seu relatório mensal sobre o produto interno bruto.
Quarta-feira, 4 de março
A Austrália deve divulgar dados sobre o crescimento do produto interno bruto no quarto trimestre.
A China deve publicar seu índice de serviços HSBC.
A zona do euro deve publicar dados revistos sobre a atividade do setor de serviços, assim como um relatório sobre as vendas no varejo.
O Reino Unido também deve divulgar um levantamento sobre a atividade do setor de serviços.
O Banco do Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e divulgar a declaração da taxa.
Os EUA devem divulgar o relatório NFP (nonfarm payrolls) da ADP, ao mesmo tempo que foca no crescimento de empregos no setor privado. Na tarde de quarta-feira, o ISM deve divulgar um relatório sobre a atividade do setor de serviços.
Quinta-feira, 5 de março
A Austrália deve publicar relatórios sobre as vendas no varejo e a balança comercial.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados sobre os pedidos às fábricas.
O Banco da Inglaterra deve anunciar sua taxa oficial.
O Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar sua decisão política monetária. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa pós-reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
Os EUA devem divulgar o relatóro semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego e dados sobre os pedidos às fábricas.
O Canadá deve publicar seu PMI Ivey.
Sexta-feira, 6 de março
O Banco Nacional Suíço (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira. Esses dados serão atentamente analisados em busca de indicações do tamanho das operações do banco no mercado de câmbio.
A Suíça também deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
EUA e Canadá devem divulgar dados comerciais, e o Canadá deve divulgar também um relatório sobre os alvarás de construção.
Os EUA devem resumir a semana com o relatório atentamente observado do governo sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls), a taxa de desemprego e a média salarial.