Investing.com - O euro atingiu uma nova baixa de 11 anos em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira e atingiu uma baixa de sete anos em relação à libra esterlina, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) ter lançado um programa de flexibilização quantitativa (QE) de larga escala para combater o crescimento e inflação menores na zona do euro.
EUR/USD atingiu baixas de 1,1118, o nível mais fraco desde setembro de 2003, antes de ficar em 1,1203 na sexta-feira, em baixa de 1,39% no dia. O euro encerrou a semana em baixa de mais de 3% em relação ao dólar norte-americano, e o par perdeu quase 7,5% até agora neste ano.
A queda da moeda do bloco europeu ocorreu depois que o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou um programa de compra de ativos de € 1,2 trilhão na quinta-feira. O banco central comprará € 60 bilhões em ativos por mês, começando em março e indo até o final de 2016.
Draghi disse que o programa ajudaria a voltar a inflação para a meta de 2% do banco. As expectativas aumentaram antes da reunião do BCE, após números oficiais terem mostrado que a taxa anual de inflação na zona do euro adentrou território negativo em dezembro, caindo 0,2%.
Draghi reconheceu que a ação tomada pelo BCE no ano passado foi «insuficiente» para afastar a ameaça de deflação na região.
EUR/GBP atingiu baixas de 0,7428 na sexta-feira, o nível mais baixo desde fevereiro de 2008, e ficou em 0,7471 no final do pregão, encerrando o dia em baixa de 1,31% e fazendo as perdas semanais atingirem 2,15%.
EUR/JPY atingiu 130,95 na sexta-feira, uma baixa de 16 meses, e ficou em 132,00, uma baixa de 1,98%. O par encerrou a semana em baixa de 2,91%.
O euro também ficou sob pressão em meio a incertezas sobre o resultado das eleições gregas, que deverá ser realizada no domingo, com o partido antirresgate financeiro, o Syriza, liderando as pesquisas.
O dólar norte-americano permaneceu amplamente mais forte, impulsionado pela diferença na política monetária entre o Banco Central dos EUA (Fed) e os bancos centrais da Europa e do Japão.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, atingiu 95,77 na sexta-feira, uma alta de mais de 11 anos, e fechou o dia em alta de 0,69%, a 95,32.
O dólar caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 0,61%, para 117,78 no final do pregão, em meio a fraquezas nas ações norte-americanas, após resultados fracos nos lucros corporativos.
O Banco do Japão não expandiu seu programa de flexibilização quantitativa (QE) na quarta-feira e, em vez disso, expandiu um esquema de empréstimo com o objetivo de aumentar os empréstimos.
Nesta semana, os investidores estarão focando nos dados preliminares de sexta-feira sobre o crescimento no quarto trimestre, e os dados mais recentes sobre a inflação na zona do euro também devem ser divulgados na sexta-feira. A declaração de política monetária do Fed, programada para quarta-feira, também será atentamente observada. O Banco Central da Nova Zelândia também deve realizar uma reunião de política.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 26 de janeiro
O Banco do Japão deve divulgar a ata da sua reunião de política monetária mais recente, que contém informações valiosas sobre as condições econômicas do ponto de vista do banco.
O Japão também deve publicar dados sobre a balança comercial.
Na Alemanha, o grupo de pesquisas Ifo deve publicar seu relatório sobre o clima no ambiente de negócios.
O Reino Unido deve divulgar dados do setor privado sobre as aprovações de financiamento de imóveis residenciais.
Terça-feira, 27 de janeiro
A Nova Zelândia deve publicar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
O Reino Unido deve publicar dados preliminares sobre o produto interno bruto, a medida mais ampla da atividade econômica e o indicador primário da saúde da economia do país.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos de bens duráveis, bem como relatórios do setor privado sobre a confiança do consumidor e vendas de imóveis residenciais novos.
Quarta-feira, 28 de janeiro
A Austrália deve produzir dados sobre o índice de preços ao consumidor (IPC), que representa a maior parcela da inflação geral do país.
Na zona do euro, o Instituto Gfk deve divulgar o relatório sobre o clima do consumidor na Alemanha.
O Banco Central dos EUA (Fed) deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
Também na quarta-feira, o Banco da Reserva da Nova Zelândia deve anunciar a sua taxa básica de juros e publicar sua declaração oficial de taxa. O país também deve divulgar dados sobre a balança comercial.
Quinta-feira, 29 de janeiro
O Japão deve publicar dados sobre as vendas no varejo, um indicador do governo para os gastos dos consumidores, que representa a maior parcela da atividade econômica geral do país.
A Austrália deve publicar um relatório sobre os preços de produtos importados.
O Reino Unido deve produzir dados do setor privado sobre a inflação aos preços de imóveis residenciais e dados sobre as vendas no varejo.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados preliminares sobre a inflação ao consumidor, além de um relatório sobre a alteração na quantidade de pessoas desempregadas.
Ainda na quinta-feira, os EUA devem publicar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego, assim como dados do setor privado sobre as vendas pendentes de imóveis residenciais.
Sexta-feira, 30 de janeiro
O Japão deve divulgar uma série de dados, inclusive relatórios sobre as despesas domésticas e a inflação, e dados preliminares sobre a produção industrial.
A Austrália deve publicar dados sobre o índice de preços ao produtor.
A zona do euro deve divulgar dados preliminares sobre a inflação, bem como um relatório sobre a taxa de desemprego. A Alemanha deve publicar um relatório sobre as vendas no varejo, ao passo que a Espanha deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento do PIB e sobre a inflação.
A Suíça deve publicar seu barômetro econômico KOF.
O Reino Unido deve publicar dados sobre o financiamento líquido a pessoas físicas.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal sobre o crescimento do PIB.
Os EUA devem resumir a semana com dados preliminares sobre o crescimento do quarto trimestre, bem como relatórios sobre a atividade comercial na região de Chicago, e dados revistos sobre o sentimento do consumidor.