Investing.com - O dólar norte-americano operou em alta na última quinta-feira de 2015, no final de um ano que viu a moeda estadunidense registrar ganhos de quase 9% em relação a outras moedas, impulsionada por políticas monetárias divergentes entre o Banco Central dos EUA (Fed) e outros bancos centrais mundiais.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu na quinta-feira para 98,75, uma alta de mais de uma semana. O índice encerrou o mês em baixa de 1,46%, o primeiro declínio mensal desde agosto, mas encerrou o ano com ganhos de 8,96%.
Um fator essencial nos ganhos do dólar em 2015 foi a crença de que o início de um ciclo de alta nas taxas de juros por parte do Banco Central dos EUA (Fed) combinada com flexibilização contínua na política monetária por parte do Banco Central Europeu e do Banco do Japão continuariam apoiando a demanda do investidor pela moeda dos EUA.
Taxas de juros mais altas também tornam o dólar mais atraente para os investidores em busca de rendimento.
Na quinta-feira, o Fed elevou as taxas de juros norte-americanas pela primeira vez em quase uma década e mais aumentos ainda estão previstos para 2016.
O euro atingiu uma baixa de uma semana e ficou em 1,0852 em relação ao dólar norte-americano na quinta-feira; a moeda europeia encerrou o ano em baixa de mais de 10%, sua segunda queda anual.
O dólar norte-americano atingiu baixas de dois meses frente ao iene, caindo para 119,99. No ano, o dólar norte-americano subiu 0,4% em relação ao iene, seu quarto ganho consecutivo em relação à moeda japonesa.
O dólar ficou em 0,9993 em relação ao franco suíço após uma alta anterior para 1,0019, uma alta de três semanas. A moeda estadunidense encerrou o ano com ganhos de 0,7% em relação ao franco, o segundo ganho anual consecutivo.
As moedas associadas a commodities encerraram 2015 em forte baixa após quedas acentuadas nos preços das commodities.
O dólar australiano encerrou o ano em baixa de 11% em relação ao dólar norte-americano, o terceiro ano de perdas, ao passo que o dólar neozelandês perdeu 12%. O dólar canadense caiu 16%, sua segunda pior perda anual já registrada após ter caído 18,6% em 2008.
Nesta semana, os investidores aguardarão o relatório norte-americano de emprego referente ao mês de dezembro, programado para sexta-feira, bem como relatórios sobre a atividade no setor manufatureiro e de serviços dos EUA. O relatório de inflação na zona do euro, programado para terça-feira, também estará em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 4 de janeiro
A China deve publicar seu índice Caixin para o setor de manufatura.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados preliminares sobre a inflação ao consumidor.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a atividade no setor de manufatura.
Nos EUA, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
Terça-feira, 5 de janeiro
A Alemanha e a Espanha devem divulgar dados sobre a mudança na quantidade de pessoas empregadas. A zona do euro deve divulgar dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a atividade do setor de construção.
Quarta-feira, 6 de janeiro
A China deve publicar seu índice Caixin sobre o setor de serviços.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre a atividade do setor de serviços.
Os Estados Unidos e o Canadá devem divulgar dados sobre suas respectivas balanças comerciais.
Os EUA devem divulgar o relatório mensal sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) da ADP, bem como o relatório do ISM sobre o crescimento no setor de serviços e dados sobre os pedidos às fábricas. No final do dia, o Banco Central dos EUA (Fed) deve publicar a ata da sua reunião de política monetária de dezembro.
Quinta-feira, 7 de janeiro
A Austrália deve divulgar relatórios sobre os alvarás de construção e a balança comercial.
A Alemanha deve publicar dados sobre os pedidos às fábricas e as vendas no varejo. A zona euro deve publicar um relatório sobre a taxa de desemprego.
O Banco Central da Suíça (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira. Esses dados serão atentamente analisados em busca de indicações do tamanho das operações do banco no mercado de câmbio.
O presidente do Banco do Canadá, Stephen Poloz, deve se pronunciar em um evento em Ottawa.
Os EUA devem divulgar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
Sexta-feira, 8 de janeiro
A Austrália deve publicar dados sobre as vendas no varejo.
O Reino Unido deve publicar um relatório sobre a balança comercial.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal de emprego e dados sobre os alvarás de construção.
Os EUA devem resumir a semana com o relatório atentamente observado sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).