O dólar operou em alta nesta sessão, ampliando os ganhos de ontem, favorecido pela diferença entre as possíveis trajetórias do Federal Reserve (Fed) e pelos bancos centrais europeus. Ainda, a moeda americana foi impulsionada por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que sugeriram a possibilidade de mais altas de juros para conter a inflação americana.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,31%, aos 105,546 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 150,42 ienes, o euro recuava a US$ 1,0698 e a libra tinha baixa a US$ 1,2298.
O Brown Brothers Harriman (BBH) indica que a elevação de juros pela Austrália da madrugada fez com que o mercado repensasse a "narrativa dovish" do BC americano, o que ajudou a impulsionar o dólar. Junto a isso, hoje uma série de autoridades do Fed discursaram durante o dia. Entre os destaques, está a fala da diretora da autoridade monetária, Michelle Bowman, de que segue disposta a apoiar um novo aumento de juros à frente se o progresso de desaceleração da inflação parar. Já o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed), Michael Barr, destacou que ainda há "trabalho a fazer para reduzir inflação à meta de 2%".
Já a libra foi pressionada pelo diferencial da trajetória de juros pelos bancos centrais, após dados fracos da economia do Reino Unido e após sinalizações de um possível relaxamento monetário por parte do economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill. Já para o euro, a perspectiva era parecida, com dados fracos sugerindo riscos para a moeda do bloco. Segundo a Convera, "como a evidência segue reprimida no início do quarto trimestre, os riscos para o euro continuam enviesados para o lado negativo".
Já no mercado paralelo da Argentina, o dólar blue recuou e renovou mínima após 1º turno das eleições do país, em queda de 3,78%, a 890 pesos argentinos, segundo o jornal Ámbito Financiero.