O dólar recuou ante iene, euro e libra, ajustando ganhos recentes, após o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, tocar máxima em dez semanas no início do dia. A tramitação de projeto para elevar o teto da dívida no Congresso dos Estados Unidos seguia como foco, ao lado de declarações de dirigentes de importantes bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e indicadores.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 139,76 ienes, o euro subia a US$ 1,0733 e a libra tinha alta a US$ 1,2407. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,09%, a 104,165 pontos.
Na avaliação de Marc Chandler, da Bannockburn, o dólar era pressionado pois o acordo para elevar o teto da dívida, entre o presidente americano, Joe Biden, e o da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, apoiava o apetite por risco. Mesmo que o assunto ainda esteja tramitando no Congresso, Chandler via o mercado otimista sobre o assunto.
Para a Pantheon, os líderes partidários "parecem ter os votos para aprovar o acordo sobre o teto da dívida nesta semana", e o impacto macroeconômico das mudanças deve ser modesto.
A política monetária seguia como foco importante. Entre dirigentes do Fed, o presidente da distrital de Richmond, Tom Barkin, notou que a inflação tem se mostrado muito mais "teimosa" do que previam muitos e ainda "parece muito elevada".
O monitoramento do CME Group mostrava, no horário citado, 68,8% de chance de uma alta de 25 pontos-base nos juros em junho pelo Fed (com 31,2% de manutenção), mas analistas em geral ressaltam que o relatório de empregos (payroll) desta sexta-feira e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que saem antes da próxima decisão, devem ser cruciais.
Já entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Gediminas Simkus disse que pode haver altas de 25 pontos-base em junho e também em julho, para conter a inflação. Na agenda local, o índice de sentimento econômico da zona do euro caiu a 96,5 em maio, abaixo dos 98,3 previstos pelos analistas ouvidos pela FactSet. Para a Capital Economics, o dado sugere estagnação no segundo trimestre na região da moeda comum.
Entre outras moedas em foco, o dólar recuava a 79,680 rublos. A moeda da Rússia se recuperava de perdas recentes, com o noticiário da guerra no radar.
*Com informações da Dow Jones Newswires