O dólar operou sem sinal único ante os principais rivais nesta quarta-feira, 4, caindo ante europeus e avançando na comparação com o iene. As perspectivas para as políticas dos grandes bancos centrais e a crise política na França, que derrubou o primeiro-ministro Michel Barnier, continuaram como principais drivers de negócios
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em baixa de 0,04%, a 106,321 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 150,64 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2704 e o euro opera perto da estabilidade, a US$ 1,0518. A pressão sobre o euro, embora ainda persista, foi sendo atenuada conforme o mercado digeria os possíveis impactos da queda de Barnier para a economia francesa e europeia como um todo.
Em paralelo, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que o Banco Central pode se permitir ficar mais cauteloso à medida que busca o nível neutro para a taxa de juros. O relatório ADP mostrou criação de 146 mil empregos no setor privado dos EUA em novembro e revisou para baixo os números de outubro. Já os PMIs de serviços recuaram em novembro a 56,1 na leitura da S&P Global e a 52,1 no levantamento do ISM, ambos abaixo do previsto, embora ainda em território de expansão. O ISM de serviços abaixo do esperado promoveu elevação na precificação para um corte da taxa de juros pelo Fed no encontro do dia 18 de dezembro. Segundo a plataforma de monitoramento do CME Group, as chances de redução de 25 pontos-base este mês passaram de 72,9% ontem para 75,7% há pouco.
O Bannockburn destaca que a crise envolvendo o chefe do principal partido da oposição no Japão atenuou as especulações de um aumento de juros do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) no final deste mês.
Na Argentina, a cotação do dólar paralelo, conhecido localmente como "blue", caiu pela terceira sessão consecutiva, valendo 1085 pesos, no menor nível desde 14 de maio, segundo o jornal Ámbito. Neste patamar, a moeda americana no mercado paralelo atingiu sua mínima durante o governo do presidente Javier Milei. A cotação se aproxima cada vez mais da oficial, com uma diferença abaixo de 10% no momento, no que é chamado no país de "brecha". Ao final da tarde, o dólar oficial era cotado a 10xx,xx pesos argentinos.