Ibovespa sobe aos 135 mil pontos com alta de 2,5% do minério, enquanto monitora tarifas
O dólar se valorizou ante os principais pares nesta terça-feira. A divisa dos Estados Unidos está forte desde que a divulgação do relatório de empregos do país em julho, que mostrou criação de vagas acima do esperado, alimentou expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) antecipará a redução de estímulos à economia. Hoje, um dirigente da instituição voltou a defender essa ideia. O mercado também operou em compasso de esperar pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado amanhã.
Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar subia a 110,58 ienes, o euro recuava a US$ 1,1722 e a libra cedia a US$ 1,3835. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana contra seis rivais, registrou alta de 0,12%, a 93,055 pontos.
"Um coro de autoridades do Fed esta semana defendeu que o banco central retirasse o estímulo antes do final do ano", afirma o analista Joe Manimbo, da Western Union, ao comentar a força do dólar.
Hoje, o presidente da distrital de St. Louis do Fed, James Bullard, afirmou que a criação de empregos acima do previsto em julho no país (943 mil novas vagas) significa que a economia tem progredido o suficiente para justificar o início do "tapering", como é o chamado o processo de redução das compras de ativos.
"Faltam pouco mais de 2 semanas para o Simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve e os investidores estão comprando dólares com a premissa de que o Fed preparará o terreno para o tapering em setembro", diz a diretora de estratégia cambial da BK Asset Management, Kathy Lien.
A analista da BK também destaca a inflação que será divulgada amanhã. A mediana das estimativas de 26 analistas consultados pelo Projeções Broadcast indica avanço mensal de 0,5% do indicador cheio e de 0,4% do núcleo. Se confirmado, esse resultado representará uma desaceleração ante junho, mas o dado tem surpreendido os economistas nos últimos meses.
Kathy também ressalta que o euro recuou hoje para o menor nível ante o dólar em quatro meses. "Os investidores estão preocupados que a variante delta possa causar uma desaceleração na Alemanha", explica a economista. Divulgado hoje, o índice de sentimento econômico alemão, elaborado pelo instituto ZEW, recuou de 63,3 em julho a 40,4 em agosto.