O dólar era negociado em alta ante os principais pares nesta sexta-feira, 4, após a divulgação do payroll que mostrou a criação de 254 mil empregos nos Estados Unidos em setembro, número que veio acima do topo das expectativas e reforça a resiliência da economia americana. A busca por segurança seguia como outro vetor de suporte ao dólar diante das tensões ainda elevadas entre Israel e Irã.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,52%, a 102,520 pontos. O dólar se valorizava a 148,79 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro cedia para US$ 1,0980, enquanto a libra era cotada estável, a US$ 1,3126.
O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, afirma que os dados fortes do payroll dos EUA em setembro podem levar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a fazer corte menor dos juros americanos em novembro, de 25 PB em vez de 50 PB.
"O dólar dos EUA está caminhando para sua melhor semana em dois anos e parece ter encontrado um piso de curto prazo após sua queda acentuada no segundo trimestre. O forte relatório de hoje, as robustas pesquisas do ISM no início da semana, os sinais dovish do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), além da escalada no Oriente Médio se combinaram para ajudar na recuperação do dólar", disse a Capital Economics em relatório.
A libra era negociada perto da estabilidade em relação ao dólar, após recuar ontem. Um suporte para a moeda veio do economista-chefe do BoE, Huw Pill, que defendeu cautela na redução de juros. Em discurso, Pill afirmou ser importante "evitar o risco de cortar juros de forma demasiada ou muito rápida".
O iene se desvalorizava ante o dólar. O novo primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, instruiu os seus ministros a apresentarem um pacote econômico abrangente, com o intuito de aliviar o fardo do aumento do custo de vida, impulsionar o crescimento, além de fortalecer as medidas de alívio e preparação para desastres naturais.