O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou nesta sexta-feira, com menor busca por segurança entre investidores. A possibilidade de que a Rússia aceite diálogo diplomático sobre a crise na Ucrânia agradou, com a avaliação também de que as sanções econômicas até agora aplicadas têm efeito contido, poupando por exemplo o setor de energia russo.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 115,53 ienes, o euro avançava a US$ 1,1271 e a libra tinha alta a US$ 1,3414. O índice DXY do dólar recuou 0,54%, a 96,615 pontos. Já na comparação semanal, o DXY avançou 0,60%.
O DXY oscilava perto da estabilidade no início do dia de hoje, mas aprofundou perdas após a Rússia sinalizar disposição para dialogar com a Ucrânia. Em relatório a clientes, a Capital Economics diz que no câmbio o grande penalizado pela invasão russa foi o rublo. O dólar e outras divisas consideradas mais seguras tiveram alta forte no início da semana, mas o movimento foi ajustado nos últimos dias, diante do pacote de sanções de EUA, Reino Unido e União Europeia considerado "menos extensivo do que poderia ter sido esperado, e excluindo o crucial setor de energia da Rússia". A consultoria afirma ainda que a expectativa de que a guerra possa acabar logo, "seja por meios militares ou diplomáticos, também parece estar crescendo". No fim da tarde de hoje, o dólar caía a 83,201 rublos.
Há, porém, a perspectiva de que a UE e os EUA reforcem sanções contra a Rússia em breve. O bloco europeu debatia se excluía o país da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift, na sigla em inglês) e a Casa Branca disse que isso seria de fato uma opção.
Investidores monitoraram ainda declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester defendeu alta de juros em março e que o aperto monetário prossiga posteriormente, diante da inflação forte.