O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, mostrou volatilidade nesta segunda-feira, 29, oscilando entre perdas e ganhos no dia. A perspectiva de mais altas de juros adiante pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuava a influir, mas o euro esteve apoiado, com o Banco Central Europeu (BCE) também sinalizando que pode apertar mais a política monetária para conter a inflação na zona do euro.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 138,74 ienes, o euro subia a US$ 0,9996 e a libra tinha baixa a US$ 1,1703. O índice DXY registrou alta de 0,03%, a 108,835 pontos.
O euro chegou a retomar a paridade com o dólar, em parte do dia. No monitoramento do mercado, aumentava a chance de o BCE elevar os juros em 75 pontos-base em 8 de setembro, não em 50 pontos-base. Alguns dirigentes vieram a público nos últimos dias e mencionaram a importância de agir com contundência para conter a inflação.
Por outro lado, havia também apostas entre investidores de que o euro recuará, com a possibilidade de piora na crise energética no continente e consequente impacto negativo na economia. Na avaliação do UniCredit (BIT:CRDI), as perdas do euro podem ser limitadas justamente pelas altas de juros do BCE.
Nos EUA, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse à Bloomberg que estava satisfeito com a reação dos mercados ao discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, na sexta-feira. Segundo Kashkari, a reação mostra que os investidores entendem a força do compromisso do Fed para conter a inflação. Segundo a Western Union, a postura do Fed fazia o dólar bater máximas em 20 anos ante uma cesta de moedas fortes.