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O índice DXY, que mede a variação do dólar contra seis pares, recuou novamente nesta segunda-feira, primeira sessão de agosto, ainda influenciado pelo tom cauteloso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na semana passada, sobre a retirada de estímulos à economia.
Perto do horário de fechamento do mercado em Nova York, a moeda americana recuava a 109,35 ienes, o euro subia a US$ 1,1870 e a libra caía a US$ 1,3885. O DXY, por sua vez, registrou baixa de 0,14%, a 92,048 pontos.
"Os mercados ainda estão negociando com a coletiva de imprensa dovish de Powell, em vez da inserção hawkish do 'tapering' no comunicado oficial", dizem analistas do Brown Brothers Harriman (BBH), em referência ao processo de redução gradual das compras de ativos do Fed.
Para o analista de mercado Joe Manimbo, da Western Union, a divisa dos EUA começou o mês de agosto "na defensiva". "O dólar caiu de máximas de vários meses depois que o Fed sinalizou que não estava tão perto de reverter o estímulo, como os mercados esperavam anteriormente", explica o profissional.
No entanto, apesar do tom dovish de Powell, reportagem do Broadcast mostrou na semana passada que os dirigentes avançaram no debate sobre o "tapering" durante a reunião de julho.
Em entrevista à CNBC nesta tarde, o diretor do Fed Christopher Waller atrelou a redução dos estímulos monetários ao desempenho do mercado de trabalho americano. O dirigente afirmou que, se o payroll de julho e o de agosto mostrarem melhora do emprego no país, a instituição pode começar a reduzir as compras de ativos, processo chamado de "tapering", em outubro.
Na visão de Manimbo, da Western Union, o dólar pode mostrar "sensibilidade elevada" à divulgação do payroll de junho, que será nesta sexta-feira, 6.
Diretora de estratégias cambiais da BK Asset Management, Kathy Lien destaca que indicadores como o índice de atividade industrial dos EUA elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), divulgado hoje, vieram abaixo do esperado. O dado recuou de 60,6 em junho para 59,5 em julho.
"No geral, o número ainda é forte, principalmente devido ao aumento no índice de desemprego, mas isso não impediu o dólar de seguir a baixa nos rendimentos dos Treasuries", acrescenta Kathy.
Também ficou no radar, o avanço do pacote de infraestrutura no Senado americano e o impasse sobre a volta do teto da dívida do país.
Durante a sessão, uma piora no sentimento do mercado fez a libra recuar. O dólar australiano, por sua vez, subia a US$ 0,7362 no final da tarde em NY, antes da decisão de política monetária do banco central da Austrália.