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"Nova GM" é lançada com objetivo de revolucionar setor

Publicado 10.07.2009, 15:26
Atualizado 10.07.2009, 15:35
TTEF
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Washington, 10 jul (EFE).- O presidente da General Motors (GM), Fritz Henderson, anunciou hoje a saída da concordata da fabricante de automóveis e a criação da "Nova GM", menor e com o objetivo de revolucionar a forma de fazer negócios.

A nova empresa, que oficialmente se chamará General Motors Company (GMC), nasce com uma participação majoritária do Governo dos Estados Unidos.

A saída da quebra foi anunciada hoje às 6h30 da manhã (7h30, horário de Brasília) quando os advogados da GM e do Departamento do Tesouro assinaram os documentos.

Pouco depois, Henderson e o novo presidente do conselho de administração da GM, Edward E. Whitacre, concederam uma entrevista coletiva durante uma hora para anunciar o início da "Nova GM" e suas mudanças.

"Começa hoje uma nova era para a GM e todo o mundo associado com a companhia", disse Henderson, no início da entrevista, quem há 40 dias foi obrigado a anunciar a maior quebra industrial na história dos EUA, após fracassar nas negociações com alguns de seus credores.

A GMC será formada por quatro marcas (Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC), em vez das oito com as quais começou em 2009, terá 27 mil empregados a menos que há um ano e 35% cargos de alta direção a menos para "acelerar o processo de decisão do dia a dia", explicou Henderson.

Internacionalmente, a GM eliminou as divisões de algumas regiões e todos os presidentes e conselhos regionais.

Nick Reilly foi nomeado vice-presidente executivo da nova unidade de Operações Internacionais da GM, que será encarregado de todas as operações fora da América do Norte e terá sua sede na cidade chinesa de Xangai.

"As subsidiárias da GM fora dos EUA foram adquiridas pela nova companhia e continuarão operando normalmente sem interrupção", esclareceu a GM.

No entanto, o logotipo da companhia continuará igual. Henderson disse que apesar do que foi divulgado pela imprensa, o logo continuará sendo azul e não verde, como se tinha especulado.

A empresa confirmou que o novo acionista majoritário é o Governo americano, que tem 60,8% da companhia.

Henderson revelou que a GM recebeu US$ 50 bilhões em empréstimos do Departamento do Tesouro, embora o valor total não tenha sido disponibilizado imediatamente.

Os outros acionistas são o sindicato United Auto Workers (UAW), que tem 17,5% da empresa, as autoridades canadenses com 11,7% (em troca de US$ 9 bilhões em empréstimos) e credores com 10%.

Financeiramente, a nova GM começa com US$ 11 bilhões em dívidas, US$ 40 bilhões a menos que a antiga empresa.

Henderson explicou que seu objetivo é que o fabricante volte a negociar seus papéis na bolsa no ano que vem e que quer devolver os empréstimos do Governo antes da data limite estabelecida, até 2015.

Por sua parte, o Governo americano já afirmou que quer abandonar o conjunto de acionistas da GM o mais rápido possível, o que poderia acontecer no ano que vem, assim que a GM lançar uma oferta pública de ações.

Quanto aos planos imediatos, o diretor máximo da GM afirmou que a empresa lançará 10 novos veículos nos EUA e 17 internacionalmente, nos próximos 10 meses.

Um desses veículos, talvez o mais importante para o futuro da nova empresa, é o revolucionário carro elétrico Chevrolet Volt, que começará a ser produzido em 2010.

Mas Henderson se negou a revelar detalhes do novo subcompacto, que a GM produzirá em Michigan, em um ano e que será o primeiro automóvel pequeno que o fabricante produzirá nos EUA em toda sua história.

"Eu quero guardar algumas surpresas", se justificou o executivo.

Talvez uma das novidades que chamou mais atenção durante a entrevista coletiva foi o anúncio de que a GM está estudando com o portal "eBay" sobre a venda de automóveis através da internet.

A GM quer que os clientes possam vender veículos "da mesma forma que em um leilão do 'eBay'", com a opção de comprar de forma imediata o automóvel a um preço determinado. EFE

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