Resultado apertado nas urnas pode ser maior risco de cauda para real, diz Goldman Sachs

Publicado 12.09.2022, 11:08
Atualizado 12.09.2022, 11:10
© Reuters. Notas de real e dólar
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

(Reuters) - Um resultado acirrado nas urnas pode ser o maior risco de cauda para o real neste momento, a menos de três semanas do primeiro turno das eleições presidenciais, disseram estrategistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) em nota, ressalvando, porém, que a moeda brasileira ainda é "compra" frente a pares que não o dólar contanto que a eleição siga "sem drama".

Pesquisa BTG/FSB mostrou nesta segunda-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 6 pontos percentuais de vantagem na liderança da disputa presidencial sobre o atual mandatário e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em uma oscilação para baixo da dianteira de 8 pontos que detinha há uma semana.

Os profissionais do Goldman Sachs notaram que algumas medidas de percepção da eleição têm se mantido "relativamente estáveis" conforme se aproxima 2 de outubro, o que eles atribuem a uma combinação de elevado "carry" (retorno de taxa de juros) do real, maior sensibilidade (beta) da moeda aos preços das commodities, a queda recente do dólar e o ambiente global.

Além disso, os altos preços das matérias-primas, a inflação que permaneceu por meses em dois dígitos e uma recuperação econômica moderada proporcionam algum alívio temporário para os desafiadores problemas fiscais do Brasil --e esses fatores podem estar tirando o foco dos investidores de potenciais diferenças de política econômica entre os principais candidatos, disseram.

"De fato, alguns investidores de câmbio parecem mais preocupados com um resultado próximo e qualquer volatilidade (derivada da) política do que com um resultado que apresente uma ampla margem de vitória. Nós tendemos a concordar", acrescentaram os profissionais.

De toda forma, ponderam, ainda que o peso mexicano seja a moeda favorita do Goldman Sachs para compra na América Latina, o elevado "carry" e baixa exposição da moeda brasileira a algumas fontes de choques globais (como os originados na Europa) mostram que o real é uma "compra razoável frente a pares que não o dólar nas próximas semanas, desde que as eleições continuem sem drama".

(Por José de Castro)

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