Em fato relevante divulgado ontem (6), a Aeris (BVMF:AERI3) anunciou a assinatura de um aditivo contratual com a Vestas para fornecimento de pás eólicas, com a extensão do prazo mínimo para fornecimento do modelo atual de pás até o final de 2024 e a extensão do contrato atual (com vencimento no segundo trimestre do ano que vem) por mais três anos e meio até o final de 2026, quando a Aeris vai ser responsável pelo fornecimento de múltiplos modelos de pás eólicas.
Com o aditivo, a empresa pode pode adicionar entre 3,3 GW a 7,3 GW, de acordo com um relatório da XP (BVMF:XPBR31).
Isso implicaria em um aumento de 30-66% para os atuais 11,1 GW da carteira de pedidos da empresa, dizem os analistas Lucas Laghi e Pedro Bruno.
Além disso, a extensão do prazo mínimo do segundo trimestre leva a um aumento líquido de R$ 2,6 bilhões nos pedidos potenciais cobertos por contratos de longo prazo (e implica em receita unitária de R$ 788/MW, em linha com a receita unitária do backlog de R$ 784/MW), calculam.
Para Laghi e Bruno, a notícia impacta positivamente as ações porque reforça suas expectativas de crescimento de longo prazo e corrobora para posição de incumbência como fabricante independente de pás eólicas no Brasil, além de que eles estimam aproximadamente 80% da produção já contratada.
Em razão disso, a XP reiterou sua recomendação neutra para a Aeris (AERI3), com preço-alvo de R$ 10,00 - o que implica em um potencial de valorização de 250,88% sobre os valores atuais.