Por Sam Boughedda
(Atualizado em 25 de julho de 2022 às 12h45, horário de Brasília)
O analista do Deutsche Bank, Sydney Ho, manteve a recomendação de compra e o preço-alvo de US$ 175 para as ações da Apple (BVMF:AAPL34)(NASDAQ:AAPL) em uma nota emitida nesta segunda-feira, assim como o analista do JPMorgan (NYSE:JPM), Samik Chatterjee, que manteve a classificação de overweight (acima da média) e o preço-alvo de US$ 200, antes da divulgação dos resultados da companhia nesta quinta-feira, 28 de julho.
O analista do Deutsche Bank, Ho, declarou que os riscos estão aumentando, mas já estão refletidos no preço das ações da Apple.
“Nossa expectativa é que os resultados do 3º tri fiscal (junho) fiquem, em grande parte, em linha com as estimativas do DB/Wall Street, com um crescimento de um dígito baixo a/a, apesar de as incertezas macro continuarem desafiando os gastos dos consumidores. Acreditamos que a companhia administrou melhor sua cadeia de suprimentos do que no último trimestre, ao mesmo tempo em que continuou ganhando participação em um trimestre difícil para smartphones e PCs”, declarou o analista. “Para o futuro, nossa expectativa é que a perspectiva da AAPL seja mais cautelosa, a fim de refletir o atual ambiente, o que pode fazer com que as projeções (se a companhia fornecê-las) fiquem abaixo das estimativas do DB/Wall Street.”
Ho disse ainda que, como a ação está sendo “negociada com um valuation mais razoável (~23x LPA do ano-calendário de 2023)” e a Apple está se comportando como um ativo seguro em um mercado volátil, mantém a recomendação de compra.
Enquanto isso, o analista do JPMorgan, Samik Chatterjee, manteve a classificação de overweight e o preço-alvo de US$ 200 para a Apple, dizendo aos investidores, em nota, que eles acreditam na resiliência das estimativas de resultados mesmo com um cenário de deterioração macro, inclusive inflação e efeitos cambiais adversos, fazendo com que os investidores prefiram a Apple. Chatterjee ressaltou ainda que a empresa possui uma sólida geração de caixa e um balanço que a permitirá compensar qualquer diluição de resultados devido ao cenário macro, através de recompras de ações.
“Classificamos as ações da AAPL como overweight, em vista da nossa perspectiva favorável para o iPhone e receitas de serviços relacionada às expectativas dos investidores, catalisadores de crescimento de receita e risco positivo para nossa previsão básica de CAGR de ~10% sobre resultados”, explicou Chatterjee. “Vemos potencial de alta em vários aspectos do negócio, bem como finanças ainda subvalorizados pelos investidores, como a transformação da empresa no setor de Serviços, o crescimento da base instalada, a liderança tecnológica e a opcionalidade em torno da aplicação de capital que, juntos, nos faz esperar um crescimento de dois dígitos no lucro e uma leve reavaliação para as ações."