Investing.com – A XP (BVMF:XPBR31) atualizou a sua tese de investimentos para as ações da companhia aérea Azul (BVMF:AZUL4), estimando um potencial de valorização de 18% para os papéis para 2025, com preço-alvo de R$6,60, mas seguindo com indicação neutra, conforme relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta, 19.
De acordo com os analistas Pedro Bruno e Matheus Sant'anna, a indicação neutra ocorre “principalmente com base em um cenário de diluição altamente incerto e um perfil de alavancagem atualmente elevado”.
Os analistas entendem que a companhia aérea estaria atormentada por um dilema de diluição, após acordo extrajudicial com arrendadores e fornecedores.
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“A Azul liquidou parte de seu arrendamento de aeronaves por meio de um instrumento conversível em ações que, apesar de fornecer um anteparo de liquidez, implicava um risco significativo de diluição de capital”, destaca a XP, indicando que a conversão no preço atual das ações levaria a uma diluição de 56% para os acionistas da empresa.
Enquanto isso, as negociações de renegociação de dívida vêm levando à volatilidade das ações, após notícias de que a companhia poderia realizar um aumento de capital (follow-on) ou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11.
A possibilidade de novo acordo com os arrendadores poderia limitar a diluição em até 20%, conforme notícia da agência de notícia Reuters citada pela XP, o que vem sendo monitorado pelos analistas.
“Se confirmado, isso seria um grande ponto positivo, pois implicaria R$1,8 bilhão em corte de dívida (120% do valor de mercado da Azul antes da notícia da renegociação)”, comparam os analistas.
A XP Investimentos espera um Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$5,9 bilhões em 2024, em linha com o guidance e o consenso.
Às 10h30 (de Brasília), as ações preferenciais da Azul subiam 0,18%, a R$5,62.