Por Gabriel Codas
Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou nesta segunda-feira (2) a atualização da carteira recomendada de ações 5+ para março, realizando quatro alterações. Os analistas optaram pelas entradas de Yduqs, Fleury (SA:FLRY3), Marrig e Saneár, nos lugares de Alupar (SA:ALUP11), Magazine Luiza (SA:MGLU3), Petro Rio e Localiza (SA:RENT3). Tenda (SA:TEND3) foi a única manutenção.
A Top 5 registrou queda de 8,3% no mês versus 8,4% do Ibovespa.
Segundo o BB-BI, o “efeito coronavirus” será monitorado de perto pelo mercado, com setores menos expostos à patologia sendo priorizados, em um primeiro momento. Também, se beneficiarão empresas que ratificarem resultados ao longo do mês.
Vale ressaltar que grandes empresas estrangeiras já começaram a rever suas estimativas de crescimento para 2020, principalmente aquelas mais ligadas ao desempenho do consumo das famílias, dado que o governo chinês continua focado na manutenção do crescimento dos investimentos públicos.
Cabe lembrar que, nos últimos anos, a abertura da economia chinesa e o baixo custo de mão-de-obra local incentivaram a migração da cadeia produtiva para a região, o que incentivou as grandes economias a aumentarem seu comércio global, com o Brasil tendo um papel importante como fornecedor de commodities e a China como um dos principais polos de produção mundial.
Desta forma, os analistas apontam que, num primeiro momento, que o impacto nas empresas brasileiras virá mais da volatilidade nos preços das commodities do que pelo efeito em volume exportado.
Consequentemente, a desaceleração chinesa e seu respectivo efeito “dominó” nas demais economias já está resultando em revisões baixistas para o crescimento do PIB do Brasil em 2020, exercendo, assim, pressão sobre a Bolsa.
Diante do cenário exposto, a instituição tem uma visão negativa para a Bolsa no curto prazo, com aumento da volatilidade, e eventuais oportunidades de compra podendo surgir, à medida em que comecem a tomar conta dos mercados eventuais notícias positivas em relação ao declínio de novos casos ou desenvolvimento de vacina.
A equipe segue com preferência pelos setores mais voltados ao mercado interno, sobre os quais são reduzidos os impactos do ambiente externo, bem como aqueles mais regulados, que são menos afetados.
Composição: Yduqs, Fleury (SA:FLRY3), Marfrig (SA:MRFG3), Sanepar (SA:SAPR11) e Tenda (SA:TEND3)
Fundamentalista
No caso da carteira fundamentalista, foram mantidos os papéis do Bradesco (SA:BBDC4), Cyrela (SA:CYRE3), Klabin (SA:KLBN11), Taesa (SA:TAEE11) e Via Varejo (SA:VVAR3). Saem Lojas Americanas (SA:LAME4), Movida (SA:MOVI3), Petrobras (SA:PETR4) e Tupy (SA:TUPY3), para dar lugar ao Itaú (SA:ITUB4), Marfrig (SA:MRFG3), MRV (SA:MRVE3) e Raia Drogasil (SA:RADL3).
Em fevereiro, a carteira registrou queda de 6,66% no mês versus 8,43% do Ibovespa. Todas as ações ficaram no vermelho, com a queda de 2,63% da Sanepar (SA:SAPR11) (menos intensa) e de 17,09% da Movida (SA:MOVI3).
Composição: Bradesco (SA:BBDC4), Cyrela (SA:CYRE3), Klabin (SA:KLBN11), Taesa (SA:TAEE11), Via Varejo (SA:VVAR3), Itaú (SA:ITUB4), Marfrig (SA:MRFG3), MRV (SA:MRVE3) e Raia Drogasil (SA:RADL3)