Investing.com – O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) decidiu elevar a recomendação da fabricante de bebidas Ambev (BVMF:ABEV3) de neutra para compra, com preço-alvo passando de R$16,4 para R$17,5, com perspectivas mais positivas para as margens, estimando custos mais baixos e preços e mix de produtos resilientes. O BofA espera que o Ebitda da produção de cervejas no Brasil apresente crescimento de 34% no segundo trimestre, na comparação anual.
Entre os riscos elencados pelos analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, estão concorrência com a Heineken e a eliminação de incentivos fiscais, ainda que efeitos atenuantes sejam o mais provável.
“Somos construtivos sobre o desempenho da margem nos próximos 18 meses e estimamos que a margem EBITDA de 2024 será a mais alta desde 2019. Isso deve ser impulsionado por custos de commodities mais baixos, real mais forte e preço/mix consistente. Possíveis desenvolvimentos políticos na Argentina podem eventualmente reduzir a percepção de risco”, reforçam.
A projeção dos analistas é de que EBITDA consolidado da Ambev apresente alta de 19% em relação ao ano anterior, para R$ 30,4 bilhões em 2024.
“A divisão Cerveja Brasil deve ser o principal impulsionador do crescimento, contribuindo com 80% da melhoria do EBITDA”, apontam os analistas, que acreditam que os custos de caixa por hectolitro cairão 8,7% em relação a 2023.
Além disso, o BofA espera que a companhia siga aumentando a receita por hectolitro de cerveja 1,5 ponto percentual acima da inflação no Brasil no médio e longo prazo.
Às 14h08 (de Brasília) desta segunda, 10, as ações da Ambev subiam 1,48%, a R$15,07.