Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A CPFL (SA:CPFE3) foi substituída pelas ações da Totvs (SA:TOTS3) na carteira de janeiro do BTG Pactual (SA:BPAC11), uma vez que as receitas da Totvs são ajustadas automaticamente pela alta da inflação e os seus serviços são essenciais e de difícil substituição para os clientes. A participação do ativo é de 10% na seleção.
Para o mês, as recomendações foram mantidas sobre Itaú (SA:ITUB4), com peso de 15%, Suzano (SA:SUZB3), B3 (SA:B3SA3), Raízen (SA:RAIZ4), Gerdau (SA:GGBR4), Localiza (SA:RENT3), PetroRio (SA:PRIO3) e Arezzo (SA:ARZZ3), com exposições de 10% em cada, e Iguatemi (SA:IGTA11), com 5% de participação na carteira.
O BTG destaca que o Ibovespa, sem contar com Petrobras (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE3), está atraente, negociando em 10,2x P/L para 2022, mais de um desvio padrão abaixo de sua média histórica de 12,7x. No cenário base do banco, com inflação na meta de 3,5%, taxas reais de longo prazo em 4% e o crescimento real de longo prazo do PIB em 2%, o BTG projeta um Ibovespa com P/L justo de 12,7x, o que faria com que o Ibovespa estivesse nos 132 mil pontos.
A expectativa do BTG é que 2022 seja um ano com alta volatilidade, juros, inflação e petróleo elevados, real mais fraco e um maior consumo das classes de alta renda. Esse cenário macroeconômico deteriorado se soma à situação fiscal do país delicada, especialmente após o governo decidir alterar a regra do teto de gastos para acomodar o Orçamento de 2022.
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As eleições presidenciais no segundo semestre trazem uma dose a mais de instabilidade para os mercados. Apesar de ainda ser muito cedo para dizer, o BTG destaca que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) são os candidatos favoritos e eles devem manter um discurso mais extremista no primeiro turno e depois um mais moderado no segundo turno. Ainda assim, é provável que, independentemente de quem ganhe as eleições, o próximo mandato deve adotar uma política de centro para ter governabilidade.