(Reuters) - O chefe da entidade administrativa da Fórmula 1, Mohammed Ben Sulayem, está sendo investigado por ter supostamente interferido no resultado do Grande Prêmio da Arábia Saudita do ano passado, segundo uma reportagem da BBC nesta segunda-feira.
Questionado sobre a reportagem, um porta-voz da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), sediada em Paris, não confirmou detalhes, mas disse que “o assunto está sendo discutido internamente”.
Ben Sulayem, dos Emirados Árabes, não foi encontrado para comentário em um primeiro momento.
A BBC afirmou que viu um relatório de Paolo Basarri, do departamento de compliance da FIA, enviado para o seu comitê de ética no qual um informante diz que o presidente interveio para reverter uma punição aplicada contra Fernando Alonso, da Aston Martin.
Ele alega que Ben Sulayem ligou para o xeique Abdullah bin Hamad bin Isa Al Khalifa, vice-presidenta da FIA para o esporte no Oriente Médio e Norte da África, que era uma das autoridades da corrida.
O bicampeão mundial Alonso recuperou o 100º pódio da sua carreira na Fórmula 1 após uma reversão dos fiscais de prova horas depois do final da corrida em Jeddah em 19 de março do ano passado.
O espanhol de 41 anos havia terminado em terceiro, mas caiu para quarto por causa de uma punição de 10 segundos, aplicada após a corrida, por não ter cumprido corretamente uma penalidade de cinco segundos por um erro na colocação do seu carro no grid de largada.
Os fiscais concluíram que o macaco traseiro estava em contato com o carro antes do fim dos cinco segundos.
A segunda punição, aplicada mais de 30 voltas depois do seu pit stop, foi revertida em um direito de revisão conquistado pela sua equipe após apresentação de novas evidências.
As novas evidências incluíram a ata de uma reunião do Comitê Consultivo Esportivo e vídeo de “sete casos diferentes nos quais os carros foram tocados pelo macaco enquanto cumpriam uma punição similar… sem serem penalizados”.
(Reportagem de Alan Baldwin)