Com juros elevados, BofA aposta nestas "bond proxies"

Publicado 15.01.2025, 10:55
© Reuters.
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Investing.com – Com a expectativa de que as taxas de juros sigam elevadas no curto prazo, com Selic atualmente em 12,25% e tendência de alta de 200bps nas próximas duas reuniões, o Bank of America (NYSE:BAC) elencou as ações que prefere como "bond proxies": Sabesp e Copel são as principais apostas.

“Ainda deve demorar um pouco até que as taxas altas se traduzam em inflação mais baixa, justificando o início de um ciclo de flexibilização. Olhando para as taxas de longo prazo, não há gatilhos claros, pois não esperamos que muito seja feito na frente fiscal”, explicam os especialistas do time macro David Beker, Paula Soto, Gustavo Mendes.

"Bond proxies"

As "bond proxies" são ações que se comportam de forma parecida com títulos de dívida, proporcionando ao investidor maior estabilidade e, possivelmente, distribuição de dividendos de forma perene.

A maior parte das "bond proxies" brasileiras estão protegidas de riscos inflacionários, segundo o BofA, mas algumas são expostas a taxas de juros mais altas.

O banco analisou ainda diversos outros critérios, como riscos da atividade econômica, relacionados aos juros e peculiaridades próprias, para as ações da Copel (BVMF:CPLE6), Sabesp (BVMF:SBSP3), Telefônica Brasil (Vivo) (BVMF:VIVT3) e Tim (BVMF:TIMS3).

Utilities: Sabesp e Copel - preferidas

O Bank of America prioriza a idiossincrasia em meio às incertezas macroeconômicas, com lucros “impulsionado por iniciativas internas das empresas e protegidas de riscos exógenos”.

Para a Sabesp, o lucro por ação tende a ser favorecido pelo turnaround interno e valuation, enquanto a Copel deve realizar cortes de custos e revisão de política de dividendos, elevando o seu Ebitda, como apontado pelo analista Gustavo Faria.

Telecom: Visão favorável para a Vivo

Os analistas possuem uma visão favorável para a Vivo, diante de dividendos elevados e baixo impacto dos juros no lucro por ação. A percepção do BofA é de que a companhia de telecomunicações deve apresentar uma “forte dinâmica de ganhos, yields atraentes (cerca de 11%), impacto limitado no LPA com juros mais altos e um gatilho positivo com a migração das concessões”. No entanto, o banco pondera para riscos inflacionários, com indexação dos preços.

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