Investing.com - Depois da divulgação nesta terça-feira (05) de que a Andrade Gutierrez fechou a venda das ações de sua fatia na CCR (BVMF:CCRO3) para Itaúsa (BVMF:ITSA4) e Votorantim, o Goldman Sachs (NYSE:GS) (BVMF:GSGI34) divulgou relatório ao mercado hoje (06) em que recomenda a compra dos papéis.
Segundo as companhias, a operação envolve 300.149.836 ações da CCR, 14,9% do capital da empresa, em transação estimada em R$ 4,127 bilhões. A Itaúsa deve ficar com a maior parte das ações, ou 208.669.918. Assim, terá 10,33% do capital da CCR. A Andrade Gutierrez informou que o valor por ação no acordo foi de R$ 13,75. O Goldman pondera que a efetivação da da transação ainda está sujeita ao cumprimento de certas condições.
De acordo com o banco, a retirada do controle das construtoras das concessionárias elimina a percepção de potenciais conflitos de interesse ao licitar novas concessões. No entanto, destaca que, em alguns casos, um controlador de construção acionista pode dar uma vantagem na otimização do capex.
O Goldman acredita que a CCR aprimorou seu posto de governança e apresenta ao mercado uma mensagem consistente de sua estratégia.
Entre os principais riscos da companhia, o Goldman Sachs cita um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado, diminuindo o crescimento do tráfego de rodovias, além de retornos menos atrativos em projetos.
A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$15,20, um potencial de valorização em torno de 26,2%.
De 11 analistas consultados pelo Investing.com, 9 recomendam a compra dos papéis da companhia e 2 uma posição neutra. A média do preço-alvo é de R$16,51, um potencial de alta de 34,67%.
Às 16h25 desta quarta, as ações da CCR subiam 2,08%, a R$ 12,29.