Investing.com - Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 19, o banco BTG (BVMF:BPAC11) afirmou que passa a gostar cada vez mais do Nu Holdings (Nubank) (NYSE:NU)(BVMF:NUBR33), mas o valuation faz com que os analistas mantenham a classificação para as ações como neutra. Com a ação caindo 60% após o IPO, sigla para initial public offering, ou oferta pública inicial, o BTG acredita que o valuation está mais realista, mas ainda desfavorável diante da situação contábil do roxinho.
A análise foi feita após uma conversa com o diretor de Relações com Investidores do Nu, Jorge Friedemann, que indicou os próximos objetivos da empresa. O Nu ainda segue no caminho para cumprir promessas da abertura de capital, agora enfrentando um cenário macro mais difícil. No momento, a fintech quer se diferenciar como um fornecedor de custo mais baixo, com robusta expansão de clientes, incluindo os mais jovens, o que traria benefícios no médio e longo prazo.
Em relação ao crédito consignado no Brasil, as tratativas ainda estão em fase inicial, com lançamento no primeiro semestre deste ano. A expectativa é que opere sem o intermédio de agentes comissionados, que costumam receber uma parcela nos empréstimos.
O diretor de RI apontou ainda que os investimentos no México e Colômbia devem acelerar ao longo do tempo, com México apresentando crescimento mais rápido. O banco passou a oferecer cartões de crédito e o próximo passo é desenvolver o NuCuenta no país.
O banco BTG possui recomendação neutra para as ações do Nu, com preço-alvo de US$4,50 para as ações nos EUA.
Às 14h50 (de Brasília), as ações na bolsa americana NYSE recuavam 1,79%, a US$ 3,58. Enquanto isso, os BDRs caíam 0,96%, a R$3,08.