Investing.com - Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 13, o BofA (NYSE:BAC) considera estimativas mais baixas para a companhia de frigoríficos Marfrig (BVMF:MRFG3), diante do “ciclo negativo da carne bovina nos EUA e o difícil primeiro trimestre para a carne bovina na América do Sul”. Por outro lado, possui visão mais construtiva para o case em relação à BRF (BVMF:BRFS3), principalmente devido à posição de caixa.
De acordo com os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares a Marfrig deve ter “margens mais baixas nos EUA e desafios de curto prazo na América do Sul, devido à proibição da carne bovina chinesa no primeiro trimestre”. Por outro lado, a operação autônoma gera fluxo de caixa, mesmo com essas adversidades.
No entanto, pior estaria a BRF, na qual a Marfrig detém uma participação de 33,25%, “principalmente devido à alta alavancagem, expectativa de queima de caixa de R$ 1,4 bilhão em 2023 e risco de queda para as estimativas de consenso”. Até o momento, os analistas não enxergam problemas de liquidez na companhia que possam ocasionar aporte de capital na BRF.
O bofA reforçou recomendação neutra para as ações da Marfrig, com preço-alvo reduzido de R$9 para R$7,6.
Para BRF, o rating foi rebaixado recentemente para underperform, com preço-alvo caindo de R$9 para R$6,3.
Às 15h55 (de Brasília), as ações da Marfrig despencavam 5,29%, a R$6,45.
Já as ações da BRF apresentavam baixa de 6,61%, a R$6,36.