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Massa diz que prazo dado à FIA e à F1 para resposta sobre Mundial de 2008 é o último

Publicado 03.11.2023, 07:56
Atualizado 03.11.2023, 08:01
© Reuters. Felipe Massa dentro da Ferrari no box da equipe no circuito de Jerez em 2008 
10/12/2008 REUTERS/Anton Meres

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - A Fórmula 1 e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não terão mais prazo para responder à ameaça de ação judicial sobre o Campeonato Mundial de 2008, disse o brasileiro Felipe Massa à Reuters na quinta-feira.

Em uma entrevista antes do Grande Prêmio de São Paulo deste fim de semana, o ex-piloto da Ferrari disse que aguarda receber uma posição de ambas as partes até 15 de novembro e espera ter "a resposta que a gente que é o correto, que é o reconhecimento do título de 2008".

Massa alega que uma "conspiração" lhe negou o título de 2008.

Foi estabelecido um prazo até meados de outubro para a resposta a uma carta de reclamação de 15 de agosto, mas a FIA e a F1 solicitaram uma prorrogação até 15 de novembro para concluir uma investigação interna, de acordo com os advogados de Massa.

Essa foi a segunda prorrogação concedida por sua equipe jurídica.

"A gente está esperando essa resposta para tomar a decisão se realmente o caso vai ter que ser decidido na corte", disse Massa, de 42 anos.

"Logicamente não tem mais pedidos daqui para frente. Daqui para frente não existe mais 'ah, me dá mais um mês', ou o que seja. Aí chega ao limite e uma decisão tem que ser tomada."

O britânico Lewis Hamilton ganhou o título de 2008, seu primeiro de sete, por um único ponto em um ano que se tornou notório depois que o piloto da Renault (EPA:RENA), Nelson Piquet Jr., revelou em 2009 que havia sido instruído a bater deliberadamente no Grande Prêmio de Cingapura.

Massa, que deixou a F1 em 2017, liderava em Cingapura quando o também brasileiro Piquet Jr. bateu no muro na 14ª volta da corrida de 61 voltas, provocando um período de safety car.

ACOBERTAMENTO

Massa agora diz que a corrida deveria ter sido cancelada porque os dirigentes do esporte supostamente sabiam antes do final da temporada o que havia acontecido, mas encobriram o fato.

Duas das principais figuras daquela época, o ex-diretor de corridas da FIA, Charlie Whiting, e o então presidente da FIA, Max Mosley, morreram. O ex-superintendente da F1, Bernie Ecclestone, tem 93 anos.

Massa disse que o fato de a FIA e a Fórmula 1 terem solicitado várias prorrogações de prazo significava que estavam levando suas ações a sério.

O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, que assumiu o cargo no final de 2021, disse à Reuters no mês passado que Massa havia entrado em contato e estava deixando o assunto com a equipe jurídica da FIA.

"Respondi a ele dizendo: 'Depende de você, faça o que achar que é certo para você, mas a FIA terá que se proteger'", disse Sulayem.

Massa confirmou que enviou uma mensagem, mas disse que nunca recebeu resposta de Ben Sulayem.

© Reuters. Felipe Massa dentro da Ferrari no box da equipe no circuito de Jerez em 2008 
10/12/2008 REUTERS/Anton Meres

"Eu acredito que a FIA deva proteger o esporte, e não se proteger. Na minha opinião é proteger o esporte. O que eu acredito que seja o correto é pensar na proteção do esporte, que é o que não aconteceu há 15 anos atrás", acrescentou.

Massa disse ainda esperar que a Ferrari o apoie.

"Eu conheço muita gente lá dentro (da Ferrari) -- todos os mecânicos, todos os engenheiros, todos os fãs da Ferrari estão do meu lado. Não tem motivo nenhum de a Ferrari não estar do meu lado. Neste momento ainda não aconteceu esse apoio, mas eu realmente acredito e espero que eu tenha esse apoio."

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