Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a Ativa Investimentos afirmou que o cenário de 2023 traz “uma boa dose de cautela” para os bancos. Segundo a Ativa, as últimas notícias a respeito da condução econômica do governo eleito indicam para perspectivas mais difíceis quanto a juros e inflação. Diante desse contexto, a Ativa diz preferir bancos mais resilientes ou que estão excessivamente descontados.
A Ativa elencou Itaú (BVMF:ITUB4) como top pick “por reunir qualidade da carteira de crédito com uma gestão excepcional” e também manteve recomendação de compra para Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), com “fundamentos sólidos” e valuation atrativo diante de riscos de governança. Em relação ao Bradesco (BVMF:BBDC4), a Ativa resolveu ter recomendação neutra, pois avalia que a instituição financeira possui “um caráter mais cíclico e as perspectivas para o setor no ano que vêm ainda são desafiadoras”.
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Segundo os analistas Pedro Serra e Pedro Dietrich, dois fatores ocasionaram o aumento da inadimplência: a inflação e o endividamento das famílias. Em relação à carteira de crédito, os analistas avaliam que a inadimplência e a alta taxa de juros devem fazer com que o setor precise a desacelerar o crescimento, principalmente para o segmento de pessoa física.
A Ativa possui recomendação de compra para Itaú, com preço-alvo de R$34, assim como Banco do Brasil, com preço-alvo de R$44,80. Para Bradesco, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$18,80.
Às 11h29 (de Brasília), as ações preferenciais do Itaú subiam 2,74%, a R$25,47, enquanto as ordinárias do Banco do Brasil apresentavam alta de 1,77%, a R$35,05.
Os papéis PN do Bradesco também tinham valorização, com 2,49%, a R$15,25.