Investing.com - Os indicadores divulgados pelo Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) no segundo trimestre foram mistos, no entendimento de analistas da XP (BVMF:XPBR31) e BB Investimentos. Após o anúncio, as ações recuavam na tarde desta quinta-feira, 27, com queda 0,97% às 15h14 (de Brasília), a R$21,43.
A receita líquida da empresa foi de R$4,755 bilhões, uma elevação anual de 13,5%. O Ebitda ajustado consolidado do GPA Brasil totalizou R$299 milhões, uma retração de 3,1% na mesma análise. Enquanto isso, o prejuízo líquido dos controladores consolidado chegou a R$425 milhões, uma piora de 146,8%.
No release de resultados, a companhia lembra que em 25 de julho a segregação dos negócios do GPA e Grupo Éxito deu mais um passo, com a declaração de efetividade do formulário 20-F do Éxito pela U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). Dessa forma, o Éxito passa a ser uma companhia aberta na Colômbia, Brasil e Estados Unidos.
“A efetiva implementação da segregação depende ainda da conclusão do processo de autorização dos órgãos reguladores colombianos e posterior comunicação com a data efetiva de distribuição das ações do Éxito, prevista para ocorrer na metade do terceiro trimestre de 2023”, informou a empresa no documento.
Resultados mistos
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o BB Investimentos pontua como destaque positivo a melhora gradual das vendas nas mesmas lojas no formato Pão de Açúcar e a diminuição das despesas gerais e administrativas. No entanto, a rentabilidade da empresa continua sob pressão, com prejuízo reportado superior às projeções do banco, reforça a analista Georgia Jorge. Assim, o BB Investimentos possui classificação neutra para as ações, com preço-alvo para o final de 2023 em R$19,00.
A XP concorda que os resultados vieram mistos, com alta na receita líquida impulsionada pelo plano de expansão e das vendas das mesmas lojas. Isso é reflexo, na opinião da XP, dos impactos positivos de ajustes operacionais. Por outro lado, a XP concorda que a rentabilidade deixou a desejar e a margem bruta ainda está pressionada diante do andamento das tratativas de reposicionamento das marcas e reestruturação da companhia.
“Por fim, o prejuízo líquido foi de R$330 milhões, pressionado por contingências trabalhistas, despesas financeiras e resultados da Cnova, enquanto a geração de caixa foi positiva em R$724 milhões devido à melhoria dos resultados e controle dos níveis de investimentos”, completam os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday.