Investing.com – Com avanços na área fiscal, processo de reancoragem das expectativas de inflação e um ambiente de fechamento da curva de juros, o banco BTG (BVMF:BPAC11) decidiu alterar as estratégias de renda fixa para o mês de junho. Segundo o banco, os ativos de renda fixa com duration mais longa são favorecidos neste momento.
“Entendemos que a redução dos prêmios nos vencimentos mais curtos e novos avanços do cenário doméstico, como a manutenção da meta de herança e evolução da reforma tributária, podemos continuar favorecendo ativos com vencimentos mais longos, tanto em prefixados quanto em híbridos”, destaca o banco, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 16.
No entendimento do banco, considerando crédito privado, os spreads continuam estimulantes tanto em IPCA+ quanto em DI+.
Nos prefixados, a hora é de alongar a duration, levando em consideração que “as taxas mais curtas não trazem prêmios quanto os vencimentos longos e pela mitigação do risco de reinvestimento nos próximos 12 meses, quando o ciclo de cortes na taxa Selic deverá estar próxima do fim”.
O banco indica a alocação com vencimentos até janeiro 2026, devido ao maior efeito da política monetária neste período pré-cortes e, para vencimentos em janeiro de 2033, com contribuição de uma eventual aprovação do arcabouço fiscal da reforma tributária.
Para ativos de inflação, o BTG diz preferir carteira de títulos públicos atrelados à inflação com duration média de 8 anos, compondo com os vencimentos de 2025, 2035 e 2045. “Ainda que os prêmios nos vértices mais longos não estejam tão mais atrativos quanto os vencimentos curtos, acreditamos que uma composição mais longa em uma carteira de inflação faça sentido para este cenário, onde os avanços com as pautas macroeconômicas domésticas podem continuar e descomprimir riscos nos prêmios mais longos”, completa.