Por Jessica Bahia Melo
Investing.com - Geração de caixa reforçada, eficiência operacional e planos de expansão robustos, com ampla capacidade de execução. Esses são alguns dos motivos para a valorização em doze meses das ações da Prio (ex-PetroRio, BVMF:PRIO3) em 20,16% até o fechamento desta sexta-feira (22). É isso que os analistas consultados pelo Investing.com Brasil apontaram sobre a maior companhia independente de óleo e gás do país.
A Prio fechou no fim de abril a compra do campo Albacora Leste, que era de propriedade da Petrobras (BVMF:PETR4), na Bacia de Campos, com um investimento de mais de U$2,2 bilhão. A expectativa é que essa compra faça com que a empresa praticamente dobre de tamanho tanto em produção quanto em receita e Ebitda.
Nesta sexta-feira, as ações terminaram o pregão cotadas a R$22,77, baixa de 0,31%. Já os preços do petróleo do tipo brent fecharam o pregão desta sexta cotados U$104,09 o barril - e acumulam alta em doze meses de 43,97%.
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Bull case, tese de alta
A valorização do dólar e do petróleo impulsionam as ações das companhias que exploram essa commodity, assim como a Prio. “Ela vem negociando assim como as demais petrolíferas brasileiras parecido com um ETF temático da bolsa americana chamado XLE, que vem performando muito bem por conta da alta da commodity nos últimos dois anos”, afirma João Abdouni, analista da Inv. O Energy Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLE) acumula uma alta de 45,66% em doze meses.
Para Abdouni, a empresa mostra nos resultados operacionais aumentos recorrentes na produção e o momento micro também é favorável para a geração de mais caixa.
Rafael Ragazi, analista da Nord Research, aponta dois fatores como principais pontos da Tese de Investimentos da Prio, o aumento da produção e a manutenção dos gastos em patamar baixo na produtividade dos campos e estrutura operacional. “A partir do terceiro trimestre, a gente vai ver uma produção adicional de 15 mil barris, que é a produção do novo poço que foi divulgado recentemente no campo de Frade. Essa foi uma notícia muito positiva porque a companhia esperava 6 mil e a produção foi estabilizada em 15 mil”, detalha.
Frederico Nobre, analista da Warren, espera resultados recordes e acredita que a companhia possui escala de produção ascendente e consegue controlar bem os custos operacionais. “Ela consegue executar suas estratégias de forma muito consistente e antes do prazo que ela divulga ao mercado", reforça.
Bear case, tese de baixa
Os analistas concordam que apesar da alta de curto prazo, um risco para os papéis e uma possível desvalorização elevada nas cotações do petróleo, mas eles não acreditam que o cenário macro indica isso.
“A Prio é um pure player e é está presente apenas no segmento de exploração e produção de petróleo. Dois fatores afetam o resultado, preço da commodity e custos de produção. De um lado ela vai muito bem, do outro, ela não tem nenhum controle”, completa Nobre.
Confira a opinião dos especialistas sobre os papéis, assim como as recomendações, em mais um episódio do podcast Tese de Investimentos.