Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – As ações da Copel (BVMF:CPLE3) (BVMF:CPLE6) viraram foco de investidores nas últimas semanas com a perspectiva de privatização da companhia. Em 365 dias, os papéis PNB subiram quase 30%. Apenas no dia 21 de novembro, as ações dispararam 16,94%, atingindo a máxima em um ano de R$ 8,74. Apesar do impulso, os papéis já perderam parte desses ganhos, terminando o pregão desta terça-feira, 13, cotados a R$ 7,35, baixa de 2,93%.
O projeto de lei na Assembleia Legislativa do Paraná tramitou em tempo recorde, passando por todas as comissões com aprovação em plenário em poucos dias. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), já sancionou a lei que possibilita a privatização, argumentando que ela poderia elevar a competitividade da Copel frente aos pares e torná-la mais eficiente.
O debate a respeito dos impactos da privatização ganha a atenção, sejam eles em preços, eficiência, qualidade dos serviços e planos de demissão. Em mais um podcast Tese de Investimentos, o Investing.com conversou com analistas sobre o como essa mudança pode afetar os papéis e quais as perspectivas diante dos últimos resultados da companhia. Confira os principais Insights e ouça o áudio completo no player abaixo ou na sua plataforma preferida.
Bull case, tese de alta
Pedro Queiroz, assessor da SVN, destaca que a Copel vem diversificando a matriz. “A Copel é dividida em subsidiárias, de gás, comercialização, geração, transmissão e geração. Ela planeja começar a ir para outros estados”, detalha, indicando os projetos eólicos em andamento. Phil Soares, analista da Órama, acredita que a privatização pode resultar em cortes de custos e aumento de eficiência, com possibilidade de realização de investimentos mais “fora da caixa”.
João Abdouni, analista da Inv, acredita que o valuation está interessante. “Ela está pagamento cerca de 8% de dividendos nos últimos 12 meses”, completa.
Bear case, tese de baixa
Phil Soares aponta como maior ponto de atenção para os investidores da empresa uma possível politização do segmento de distribuição. “É uma tendência que está reduzindo, mas esse sempre é o agente mais politizado e pesadamente regulado”, pondera. O maior risco é a privatização não sair do papel, completa o analista da Inv.