Investing.com – Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) tiveram em abril a maior captação líquida registrada neste ano, com R$658,2 milhões, segundo informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).Os fundos desse tipo possibilitam exposição ao setor do agronegócio, principalmente por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), com pagamentos de dividendos isentos.
De acordo com a entidade, nos dois primeiros meses de 2023, a captação havia ficado negativa, mas começou a se recuperar em março, quando totalizou R$376,8 milhões. No acumulado do ano, a diferença entre aportes e resgates passou de R$1 bilhão.
As emissões em abril somaram R$630,2 milhões em ofertas públicas de dois fundos imobiliários, enquanto, em março, o valor chegou a R$1,13 bilhão, com ofertas de seis fundos.
Segundo Sergio Cutolo, vice-presidente da Anbima, essa modalidade de investimento tem se destacado desde o fim de 2022. “Em abril, eles também dominaram as ofertas públicas”.
Na visão de Octaciano Neto, diretor de agronegócios do Grupo Suno, a indústria de Fiagros continuará em 2023 com o mesmo sucesso de 2022. “O investidor está percebendo que não pode ficar de fora do setor mais dinâmico da economia nacional, que é o agronegócio. Existem poucas opções de investimento da B3 (BVMF:B3SA3). E os Fiagros surgem como uma excelente alternativa, sobretudo com o cenário de CDI alto em 2023 e 2024”, reforça.
Desde agosto de 2021, quando os Fiagros começaram a ser comercializados após regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as emissões já totalizaram R$12,3 bilhões, enquanto o patrimônio líquido chegou a R$12,6 bilhões.
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