Investing.com - O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) divulgou nesta terça-feira (13) resultado de uma pesquisa com a expectativa dos gestores latino-americanos com bilhões de ativos sob gestão para os próximos meses nos mercados. A pesquisa revela pessimismo dos gestores brasileiros em relação ao Ibovespa, com apenas 13% deles projetando um Ibovespa acima de 140 mil pontos no fim do ano.
O pessimismo se estende para a cotação do dólar em reais. A maioria espera um dólar na faixa entre R$ 5,41 e R$ 5,70, uma expectativa de desvalorização maior da moeda brasileira em relação ao mês passado, quando os gestores do país tinham estimado uma taxa de câmbio entre R$ 5,11 e R$ 5,40 para o fim do ano.
Essas expectativas contradizem com as projeções de PIB (Produto Interno Bruto) para este ano e perspectiva na política monetária do Copom (Comitê de Política Monetária), de acordo com o BofA. Os gestores esperam este mês uma alta maior do PIB brasileiro este ano em relação às estimativas de julho, com a maioria dos participantes projetando uma alta do PIB entre 2-3% (ante 1-2%).
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Em relação à Selic, a projeção é de manutenção da taxa básica de juros em 10,5%, apesar de o mercado precificar altas acima de meio ponto percentual este ano. E retomada do ciclo de baixa no próximo ano, com as estimativas oscilando entre 9,5% e 10,25%. O BofA espera uma taxa Selic de 9% no fim de 2025.
A base do pessimismo dos gestores é com a economia dos EUA. As preocupações de uma forte desaceleração da economia americana de ser o maior risco para os mercados latino-americanos ultrapassaram os receios da elevação da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Setores preferidos dos gestores
A pesquisa também revelou que os gestores elevaram de 4,4% para 5,6% o nível de caixa, próximo à média histórica. Os setores com mais posições são Utilidades Públicas e Financeiro.
Por outro lado, Materiais Básicos é o setor com menos posições. 83% dos gestores pesquisados acreditam que estímulos na economia da China não serão suficientes para pressionar o preço das commodities nos próximos 6 meses.