O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 (SA:B3SA3) operava em queda nesta quinta-feira (19), refletindo a preocupação dos investidores com os mercados brasileiros em meio à alta do dólar e dos juros futuros. O índice fechou em queda de 0,18% na quarta-feira (18), aos 2.703 pontos.
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) emitiu um comunicado indicando que os estímulos monetários nos Estados Unidos podem ser retirados ainda neste ano, fazendo com que os preços das commodities despencassem e o dólar ganhasse força ante pares emergentes, incluindo o real. Com isso, as taxas de juros passaram a subir, abrindo caminho para a alta da rentabilidade dos títulos públicos indexados à inflação, chamados de Tesouro IPCA+.
Esses títulos são frequentemente utilizados como parâmetro de comparação com a rentabilidade média dos fundos imobiliários, e conforme os juros oferecidos por eles se tornam mais altos, mais atraentes eles se tornam em comparação com os FIIs, estimulando uma migração de capital para a renda fixa.
Destaques
O BB FI Progressivo (SO:BBFI11B), fundo proprietário de dois imóveis locados para o Banco do Brasil (SA:BBAS3), liderava as altas do IFIX, subindo 1,21%, aos R$ 2.489,98. O Tellus Properties (SA:TEPP11), fundo híbrido que investe no segmento de lajes corporativas, exibia a segunda maior alta, com valorização de 0,94%, sendo negociado a R$ 74,50. A terceira maior valorização era do Kinea High Yield CRI (SA:KNHY11), fundo de papéis, exibindo alta de 0,65%, sendo cotado a R$ 105,99.
Na outra ponta, a maior queda era do XP Properties (SA:XPPR11), do segmento de lajes corporativas, que caía 2,59%, sendo negociado a R$ 65,59. A segunda maior desvalorização era do Brazil Realty (SA:BZLI11), fundo híbrido, que recuava 2,33%, sendo cotado a R$ 14,26. Por fim, a terceira maior desvalorização era do SP Downtown (SA:SPTW11), fundo proprietário de dois imóveis comerciais localizados na capital paulista, que caía 1,62%, a R$ 55,10.
Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,35%, aos 2.693 pontos.