Trump consegue tarifas; os norte-americanos recebem aumentos de preços
Investing.com - Uma provocação em tom brincadeira absurda compartilhada na internet ainda nos ecos da acirrada eleição presidencial de 2014 ganhou contornos reais nesta semana. A Petrobras (SA:PETR4) ganhou a indesejável disputa de quem “chegaria aos 5” primeiro, vencendo o preço da gasolina e a popularidade da presidente Dilma.
Com o fim das sanções ao Irã e expectativa de novas quedas no preço do barril de petróleo, a ação da Petrobras chegou à mínima de R$ 5,00 na manhã desta segunda-feira (18/1), com queda de 3,6% frente a abertura aos R$ 5,19.
O papel preferencial da companhia sofre forte na bolsa e vem em queda livre desde maio do ano passado, quando bateu a máxima de 2015 aos R$ 14,95. A companhia vem sendo penalizada pela brusca queda dos preços do petróleo – que desde maio já desvalorizou 51% –, conjuntura que se soma à acelerada desvalorização do real frente ao dólar. O desempenho da moeda norte-americana impacta fortemente nas finanças da empresa ao elevar sua dívida, na casa dos R$ 500 bilhões, e ao aumentar os preços de importação de combustíveis.
A marca de R$ 5,00 em uma ação da Petrobras não é alcançada desde o início da década passada, quando a empresa tinha um porte bem inferior ao atual, anos antes do anúncio do pré-sal. O otimismo com a descoberta da nova fronteira com grande potencial, aliada aos preços altos do petróleo, levaram a ação da empresa à máxima histórica de R$ 41,17 em maio de 2008. Quem aplicou R$ 1.000 nesse preço, sacaria apenas R$ 121,44 hoje, uma perda de 88% no capital investido, sem considerar a inflação.
Concorrentes
A popularidade da presidente Dilma, que sofreu um grande baque após as manifestações de 2013 e, novamente, após o período eleitoral, se estabilizou próximo aos 10%, segundo pesquisas realizadas pelo Ibope no ano passado. Em três levantamentos realizados em 2015, a aprovação do governo flutuou entre 9% e 12% dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.
Já a gasolina comum era uma concorrente mais forte para as ações da Petrobras. Com movimento de alta nas refinarias e nos impostos, o combustível se encareceu ao longo de 2015. Em pesquisa semanal realizada pela ANP, a gasolina mais cara do Brasil é vendida no Rio de Janeiro ao preço de R$ 4,799.