Money Times - De acordo com um relatório da Roubini Global Economics obtido pelo MoneyTimes, o pior cenário possível na eleição brasileira — a vitória de Ciro Gomes — tem menores chances de acontecer. Para Pedro Tuesta, analista da Roubini, essa é uma boa notícia para o mercado.
Tuesta prevê que Marina Silva e Jair Bolsonaro terão destaque na corrida eleitoral, mas que Geraldo Alckmin cresceu com o apoio do centrão. Sem o apoio dos partidos do centro, as chances de Ciro caem vertiginosamente.
De um total de 613 representantes no Congresso, 164 fazem parte do centrão, o que garante a Alckmin um forte apoio caso ele seja eleito. O problema, claro, é que Alckmin seria o presidente dando continuidade a um governo cuja taxa de aprovação é de míseros 5%. Isso porque o MDB, de acordo com as previsões da Roubini, deve eventualmente dar apoio a Alckmin.
Mesmo com o apoio de um governo rejeitado, a coalizão de Alckmin com o tão desejado centrão tem o benefício de aumentar seu tempo de publicidade: como candidato do PSDB, ele já tem direito a 58 segundos por dia; com a aliança do centrão, Alckmin terá 249 segundos adicionais na TV.
De acordo com o relatório, Marina e Bolsonaro ainda podem tentar alavancar a popularidade usando redes sociais, mas as acusações de corrupção são o suficiente para inibir apoio privado. Alckmin também está associado à corrupção de um governo impopular, mas ele tem acesso a tempo de TV e fundos partidários.
E claro, se Lula conseguir resolver seus problemas com a justiça a ponto de concorrer à presidência, o cenário inteiro pode mudar, ainda mais se considerarmos o número de indecisos nas pesquisas recentes. A pesquisa abaixo mostra quantos eleitores ainda não sabem em quem votar (ou sabem que não querem votar).
Por Money Times