Eduardo Bolsonaro fala em “queda do regime” e critica Moraes e Dino

Publicado 21.08.2025, 13:17
© Reuters Eduardo Bolsonaro fala em “queda do regime” e critica Moraes e Dino

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou nesta 5ª feira (21.ago.2025) um texto em seu perfil no X (antigo Twitter) em que afirma que o Brasil vive a “queda do regime”. No texto, ele associa decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) a um suposto “desespero” das autoridades.

Eduardo citou reportagem do jornal O Globo que, segundo ele, indicava que o ministro Flávio Dino teria cogitado o confisco de bens norte-americanos no país, em resposta às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. O deputado afirma que, no dia seguinte, Moraes negou essa possibilidade em entrevista à agência Reuters e afirmou confiar na via diplomática.

Na publicação, o congressista disse que Moraes sofre “isolamento” dentro do STF e relatou que representantes do mercado financeiro teriam buscado diálogo com outros ministros da Corte, sem a presença dele. Eduardo também afirmou que o ministro é visto como “tóxico” por autoridades norte-americanas e por agentes econômicos.

Ao final do post, o deputado listou medidas que classificou como “cartadas finais” do Supremo, como a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de uma condenação e a apreensão de celular e passaporte do pastor Silas Malafaia.

Indiciamento

A PF (Polícia Federal) informou na 4ª feira (20.ago.2025) que indiciou Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no curso do processo na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é o principal réu.

O indiciamento se dá no inquérito que apura a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde ele teria articulado medidas de pressão e sanções contra autoridades brasileiras. O documento de 170 mostra conversas entre Eduardo e o pai.

Em uma delas, o congressista xinga o ex-presidente. Há também no relatório uma minuta que seria um pedido de asilo de Bolsonaro ao presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita).

A investigação foi aberta em maio por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O relatório final da PF conclui que Bolsonaro e Eduardo, com apoio do jornalista Paulo Figueiredo e do pastor Silas Malafaia, atuaram para interferir na Ação Penal 2.668, que investiga a trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a PF, as ações de Eduardo e dos demais investigados têm como alvo direto instituições democráticas, principalmente o STF e o Congresso Nacional, para submetê-las a interesses pessoais. O relatório detalha que o grupo buscou coagir integrantes do Poder Judiciário e, mais recentemente, da Câmara e do Senado, mirando influenciar decisões em benefício próprio.

Entre as condutas apontadas estão tentativas de pressionar congressistas para aprovar propostas de anistia e destituir ministros do Supremo por supostos crimes de responsabilidade. As ameaças incluíram também imposição de sanções aos presidentes da Câmara e do Senado, configurando tentativa de restringir o livre exercício do Poder Legislativo e interferir nas funções do Judiciário.

O relatório foi encaminhado a Moraes e deve agora seguir para a PGR (Procuradoria Geral da República). Caberá ao procurador-geral, Paulo Gonet, decidir se apresenta denúncia, requisita novas diligências ou solicita o arquivamento do caso.

Depois do indiciamento, o ministro ainda deu 48h para Bolsonaro apresentar esclarecimentos sobre o descumprimento reiterado de medidas cautelares impostas pela Corte.

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