“Estamos em plena 2ª Grande Guerra Fria”, diz Jorio Dauster

Publicado 18.08.2025, 11:45
© Reuters “Estamos em plena 2ª Grande Guerra Fria”, diz Jorio Dauster

O diplomata Jorio Dauster, ex-presidente da Vale (BVMF:VALE3), disse ao jornal Correio Braziliense que a atual ordem geopolítica mundial está “em plena 2ª Grande Guerra Fria”, ao comentar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A entrevista foi publicada nesta 2ª feira (18.ago.2025).

“Estamos em plena 2ª Grande Guerra Fria, um período de crescente turbulência, porque a hegemonia norte-americana está sendo contestada pela rápida ascensão da China, acompanhada pela Índia e por outros países asiáticos, enquanto a Europa sofre uma decadência acelerada”, afirmou o embaixador aposentado, consultor de empresas e tradutor.

Para Dauster, a “diplomacia da chantagem” praticada pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), “é um retrocesso histórico, ao romper o sistema de organizações multilaterais que havia sido promovido por seu próprio país após a 2ª Guerra Mundial”.

“Por suas feições autocráticas e imperialistas, as ameaças lançadas por Trump contra ex-aliados e inimigos em potencial provocam um tsunami de incertezas que desorganiza todas as redes de suprimento em nível global e alarma as chancelarias acostumadas a rituais diplomáticos de longa tradição. As idas e vindas do próprio presidente norte-americano, representadas pelo Taco (Trump Always Chickens Out), só fazem aumentar os níveis já altíssimos de desconfiança e perplexidade com que ele é visto”, declarou ao Correio.

O diplomata também disse que não aconselha, pelo menos no momento, que sejam tomadas medidas retaliatórias diante do tarifaço de Trump.

“Na impossibilidade de interlocução entre os presidentes por decisão de Trump, devemos continuar a trabalhar com os compradores norte-americanos que também estão sendo prejudicados pelas atitudes intempestivas em curso”, afirmou Dauster.

Segundo o diplomata, “a instauração do Pix tirou um pão bilionário da boca de muitos bancos estrangeiros e das plataformas de cartões, os quais, sem dúvida fizeram, fazem e farão pressões contra o Brasil por tal motivo”.

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