🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Governo propõe abrir mão de direito a voto na Eletrobras após privatização

Publicado 24.11.2017, 18:10
© Reuters. Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro, Brasil
ELET3
-

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - O modelo de privatização da Eletrobras (SA:ELET3) em análise na Casa Civil prevê que a União abra mão do direito a voto na companhia após a desestatização e fique apenas com o poder de vetos em assuntos estratégicos, além de definir o presidente do Conselho de Administração da elétrica, disse uma autoridade à Reuters nesta sexta-feira.

O projeto, já acordado entre os ministérios da Fazenda, Planejamento e Minas e Energia, alivia preocupações de investidores de que o governo federal poderia seguir com uma força muito grande sobre a companhia mesmo após perder o controle, uma vez que a projeção é de que a União siga com uma participação de até 40 por cento na maior elétrica do país.

As ações da estatal reduziram perdas após a publicação da notícia da Reuters.

A proposta é que a força para indicar o chefe do Conselho e o poder de veto sejam viabilizados por meio da transformação das ações do governo na companhia em papéis de uma classe especial, as chamadas golden shares, disse o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fábio Lopes Alves.

Haveria ainda um limite de 10 por cento dos votos para cada acionista na companhia a partir da desestatização, adicionou ele.

"O governo continua com a participação acionária, mas vai ser lançado um novo bloco de ações... As ações que ele fica são transformadas numa classe de ação especial, golden share, que dá direito a vetos, alguns vetos, mas não dá direito a votos", explicou.

A proposta foi enviada à Casa Civil em um projeto de lei que deverá chegar ao Congresso Nacional "nos próximos dias", segundo Lopes, que adicionou que o objetivo da modelagem proposta é reduzir a força da União na Eletrobras desestatizada.

"Porque, se não, o governo continuaria com o controle", adicionou Lopes.

Ele disse que mesmo os poderes de veto da golden share serão restritos a alguns assuntos estratégicos.

Além disso, o governo propõe um veto à costura de possíveis acordos de acionistas entre os sócios da Eletrobras desestatizada, por meio dos quais um ou outro investidor poderiam na prática obter maior poder decisório.

© Reuters. Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro, Brasil

"Não pode fazer um acordo para ficar com um poder de voto maior que isso. É para ter uma gestão mais democratizada", disse o secretário.

Ele não detalhou outras exigências que serão estabelecidas por meio da golden share, mas autoridades já disseram recentemente que devem exigir que os novos controladores da Eletrobras mantenham as subsidiárias regionais da empresa, como Chesf, Furnas e Eletronorte, que concentram a maior parte dos ativos de geração e transmissão da Eletrobras.

A expectativa do governo é de aprovar o texto sobre a privatização na Câmara dos Deputados ainda neste ano e levá-lo para o Senado no início de 2018, disse o secretário.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.