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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% ao seu governo enquanto a aprovação oscilou de 28% para 29%, mostrou pesquisa Datafolha neste sábado, em meio a uma disputa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de importação de até 50% a produtos brasileiros.
De acordo com a pesquisa, 40% avaliam o governo Lula como ruim/péssimo, mesmo patamar do levantamento de junho. Já os que consideram o governo ótimo/bom são 29%, ante 28% em junho. Também são 29% os que avaliam o governo Lula como regular, ante 31% há dois meses. Os que não sabem seguem em 1%.
Quando questionados acerca do trabalho de Lula como presidente, há estabilidade de números em relação ao resultado de junho: 50% o reprovam e 46% o aprovam, enquanto 3% não sabem.
A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, depois que Trump anunciou, no dia 9, que imporia a tarifa de 50% sobre o Brasil. Nesta semana, Trump assinou decreto determinando tarifa de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros para combater o que ele chamou de "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas suavizando o golpe ao excluir setores como aeronaves, energia e suco de laranja das taxas mais pesadas.
O Datafolha ouviu 2.004 eleitores de 130 cidades no país, e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Essa pesquisa difere de outras duas divulgadas recentemente. De acordo com pesquisa Genial/Quaest de 16 de julho, a tendência de alta na desaprovação ao presidente Lula e na avaliação negativa de governo foi interrompida. A avaliação negativa do governo ficou em 40%, ante 43% na pesquisa realizada em maio, interrompendo trajetória de alta iniciada em janeiro deste ano.
Já o percentual dos que avaliam o governo positivamente ficou em 28%, ante 26%, e os que o enxergam como regular somaram 28%, mesmo patamar da pesquisa anterior.
Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg desta semana mostrou 50,2% de aprovação do desempenho de Lula, acima dos 49,7% da pesquisa anterior, realizada há duas semanas, e marcando a primeira vez que ele obteve mais aprovação do que desaprovação desde outubro.
(Por Tatiana Ramil)