BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira nova etapa da operação Zelotes, que investiga fraudes cometidas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tendo como alvo oito pessoas e duas empresas suspeitas de participação em um esquema que provocou prejuízos de 900 milhões de reais em valores atualizados, informou o MPF.
De acordo com o MPF do Distrito Federal, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, mas não houve mandado de prisão expedido na nova fase da operação.
De acordo com o jornal O Globo, um dos alvos da ação é o economista Roberto Giannetti da Fonseca, ligado ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Giannetti é suspeito de ter recebido propina de 2,2 milhão de reais para favorecer a empresa Paranapanema (SA:PMAM3) em julgamento do Carf em 2014, segundo o jornal. A Reuters entrou em contato com a empresa de consultoria do economista para pedir comentários, mas ele não estava imediatamente disponível.
O MPF, que convocou uma entrevista coletiva para esta manhã para comentar a operação, não identificou de imediato os alvos da operação.
(Reportagem de Ricardo Brito; Texto de Pedro Fonseca)