(Reuters) - O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) pediu licença médica por 15 dias ao Senado nesta terça-feira, após ser solto na última sexta-feira depois de ficar preso desde novembro acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, que apura um bilionário esquema de corrupção na Petrobras (SA:PETR4).
Segundo a Agência Senado, o prazo de licença de 15 dias começou a contar na segunda-feira e não altera os prazos de tramitação da representação que pede a cassação do mandato de Delcídio no Conselho de Ética da Casa.
O parlamentar, que está com sua filiação ao PT suspensa e enfrentará processo disciplinar dentro da legenda, foi preso em novembro depois de sua voz aparecer em áudio em que oferece dinheiro, influência política junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e até uma rota de fuga em troca do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró na Lava Jato.
Delcídio, ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff no Senado, é alvo de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética do Senado. A defesa prévia entregue ao colegiado argumenta que o político não poderia ter sido preso, uma vez que não se tratava de flagrante, e questionou a legalidade da gravação da conversa, porque ele não sabia que sua fala estava sendo registrada.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)