(Reuters) - O presidente Michel Temer exonerou nesta quarta-feira três ministros com mandatos de deputado federal para que retornem à Câmara e votem no projeto da reforma trabalhista, considerado crucial pelo governo para a retomada econômica e que irá testar a base aliada antes da votação da reforma da Previdência.
A exoneração dos ministros Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação) e Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia) foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta.
Inicialmente o governo previa exonerar ministros com mandado de deputado federal apenas para a votação da reforma da Previdência para reforçar o empenho na aprovação da matéria, mas a estratégia também acabou sendo adotada para a reforma trabalhista.
Coelho Filho é do PSB, partido da base do governo que encontra-se rachado depois que sua Executiva fechou questão contra as reformas trabalhista e da Previdência.
O governo enxerga a proposta da reforma trabalhista como um teste para a análise da reforma da Previdência mais à frente, e trabalha para que sua votação seja concluída até a quinta-feira, um dia antes da greve geral e manifestações previstas contra as duas reformas.
O projeto, que tem como um dos principais pontos a prevalência de negociações sobre a legislação vigente, foi aprovado na terça-feira em comissão especial da Câmara e seguirá direto para o plenário, apesar de emendas ao projeto não terem sido analisadas.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)