(Reuters) - O presidente Michel Temer se reuniu na segunda-feira, feriado do Dia do Trabalho, com ministros e parlamentares da base aliada no Palácio da Alvorada para discutir estratégias para a aprovação no Congresso das reformas trabalhista e da Previdência e, segundo reportagens na mídia, decidiu retaliar deputados infiéis ao governo.
Participaram do encontro no feriado, entre outros, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), além do relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), segundo o Portal do Planalto.
De acordo com os jornais o Estado de S. Paulo e O Globo desta terça-feira, o governo decidiu exonerar pessoas indicadas por parlamentares da base aliada que votaram contra o governo em projetos importantes, como a reforma trabalhista, como forma de pressionar a base a aprovar a reforma da Previdência.
O Diário Oficial da União desta terça-feira trouxe uma série de exonerações, sem detalhes sobre os motivos.
O Palácio do Planalto tem levantado caso a caso a situação dos partidos e deputados que votaram contra o governo na reforma trabalhista para tentar reverter votos contrários, e admite estender "por alguns dias" o cronograma da reforma da Previdência para não correr riscos, de acordo com fontes palacianas.
A votação da reforma previdenciária na comissão especial da Câmara, inicialmente marcada para esta terça, foi adiada para quarta-feira.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)